Arquivo do mês: junho 2012

Carlos Zemek (No Mundo dos Sonhos)

Pintura de Carlos Zemek 
(Inspirado em um sonho)
Eu flutuo pelo espaço … posso ver estrelas por todos os lados, quando percebo que estou próximo a uma nebulosa cor violeta …. Vejo a Terra de fora … Mas ela é apenas uma rocha … Onde um homem de capa de chuva e chapéu metálicos grita lá de baixo na superfície do planeta em meio a uma tempestade de chuva ácida … 

– Desce aqui meu amigo emplumado … por que voas por aqui??? 

Sem entender por que ele me chamara de amigo emplumado eu resolvi descer voando e na descida eu noto que meu corpo é recoberto de penas azuis brilhantes … eu sou apenas um pequeno pássaro azul … 

Pouso a seu lado em uma rocha e a tempestade se transforma em fina garoa, ele abre um guarda-chuva e o prende na rocha pra me proteger das gotas ácidas que já incomodavam minhas penas … 

É uma sensação estranha ser um pássaro disse eu ! 

– Você sabe muito bem, podemos ser tudo que imaginamos.. 

– Eu não me imaginei um pássaro!

– Mas voava pelo infinito como um !!! 

– Eu estou sonhando não estou ?? 

– Sim

– Quem é você ? 

– Sou parte do Todo como você… 

– Por que chove ??? Se isto é um sonho não podia parar ??? 

– É assim que está sua mente no momento … (Uma risada sinistra que me dá arrepios) 

– Você é um elemental, espírito ou algo parecido??? 

– Nomes simplórios para definir meu estágio temporário de vida … 

Mas comparando poderia dizer que sou algo assim. 

– Me sinto inquieto, posso voar um pouco ?? 

– Claro, o que você procura está do outro lado deste planeta … 

– Ok… (Me perguntei se ele sabia o que eu queria pois eu não sabia.) 

Voar é uma sensação maravilhosa … saio da atmosfera do planeta e já vejo uma espécie de lua cor violeta .. cheia de plantas e árvores … enquanto me aproximo uma voz dentro de minha cabeça diz: 

– Alto quem vem lá ???(Percebo que é a lua violeta quem fala comigo) 

– Estou apenas de passagem… (Digo em voz alta)

– Pode vir!! (Diz a Lua) 

Quando me aproximo bastante, posso ver que é um planeta muito parecido a Terra … com árvores e plantas, mas tudo é púrpura, violeta, azul, roxo e lilás.

Pouso em uma pedra e observo um belo lago com três árvores que parecem emitir luz própria.

Quando olho para o lado lá está novamente o homem de capa de chuva metálica.

– Onde estou? (Pergunto maravilhado com a visão da paisagem)

– Está no lugar tranquilo de sua mente, dentro do mundo dos sonhos.

Fico ali alguns minutos observando a maravilhosa paisagem enquanto uma sensação de paz e tranquilidade invadem minha mente.

Após algum tempo uma grande espiral se abre no espaço e me suga rapidamente para dentro … nesse instante acordo… mas com a imagem da linda Lua violeta e o lago com as três árvores impressa em minha mente.

Fonte:

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Concurso Nacional de Contos de Ponta Grossa (Resultado Final)

CATEGORIA NACIONAL:
“A PASSAGEM QUE SE PERDEU NO SERTÃO: OU O QUE FOI FALADO NA MORTE DE QUELE-MÉM” de Alexandre Magno Jardim Pimenta, de Franca/SP
“FIAT LUX” de Bethânia Pires Amaro, de Salvador/BA
“O RELÓGIO” de Marcia de Oliveira Gomes, de Rio de Janeiro/RJ. 
Menções Honrosas na Categoria Nacional 
“O QUARTO DO FILHO” de Juliana Cristina Curvo, de Cuiabá/MT
“EM NOME DO PAI” de Ricardo Francisco de Camargo Chagas, de Ivaiporã/PR
“DE ONDE VÊM OS BEBÊS?” de Natasha Suelen Ramos de Saboredo, de São José dos Pinhais/PR. 
CATEGORIA LOCAL:
“VELHICE” de Jeanine Geraldo Javarez
“A BORBOLETA NA ORELHA” de Rodrigo Kwiatkowski da Silva
“AS BANDAS DA BUNDA” de Rosicler Antoniácomi Alves Gomes. 
Menções honrosas na Categoria Local
“JORNAL VELHO” de Aldo Roberto Lemes de Almeida
“O CERCO NA AREIA” de Tiago Afonso Marenda.
Fonte:

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Varal de Poesias UNIFAMMA (Prazo: 30 de Agosto)

Organização:
 Faculdade Metropolitana de Maringá
 varaldepoesias@unifamma.edu.br
Regulamento:
 A Faculdade Metropolitana de Maringá promove a sétima edição do VARAL DE POESIAS que tem como propósito promover a aquisição de novos conhecimentos bem como desenvolver a sensibilidade e as capacidades de percepção, abstração e comunicação social, dentre outras. Trata-se de um concurso de poesias de tema, forma e estilo livres que abre espaço para duas formas de participação: comunidade interna (alunos, professores e funcionários da Instituição) e comunidade externa (na qual poderão inscrever-se poetas de todo Brasil e do exterior).
 O projeto se realiza no período de 15 de maio a 31 de outubro de 2012 e envolvendo docentes e alunos da Faculdade Metropolitana de Maringá. Todo empenho da comissão organizadora será no sentido de que o Projeto se constitua em mais um espaço de aprendizagem e de desenvolvimento humano proposto e mantido pela IES.
 Regulamento do concurso:
 Os trabalhos devem ser inéditos;
 – Os trabalhos só poderão ser enviados por meio eletrônico, para o endereço http://www.unifamma.edu.br/evento. Após preencher todos os campos ficha de inscrição anexar as poesias identificando-as APENAS pelo pseudônimo.
 – A data de inscrição, online, vai de 15 de maio a 30 de agosto de 2012;
 – O poeta poderá inscrever até 5 (cinco) poesias;
 – As dúvidas poderão ser esclarecidas pelo endereço eletrônico varaldepoesias@unifamma.edu.br;
 Prazo de inscrição: de 15 de maio a 30 agosto de 2012.
 Premiação:
 – menção honrosa aos trabalhos classificados de 1º ao 10º lugar.
 Procedimentos técnicos
 O projeto de extensão VII Varal de Poesias compreende quatro etapas:
 – da elaboração – em que se busca a participação e o envolvimento de
 a) parceiros;
 b) da divulgação – em que se torna público o concurso;
 c) da seleção – em que se analisa todo o material recebido, a fim de classificar os cinquenta melhores trabalhos (semifinalistas). Para isto, reunir-se-ão professores de língua e literatura portuguesa que, após lerem todos os trabalhos, apontarão as poesias classificadas. Posteriormente, os trabalhos serão enviados, por e-mail, à AML para que a Entidade proceda à seleção das dez poesias finalistas.
 d) da premiação – é quando as poesias escolhidas são premiadas em um evento aberto, intitulado “Noite Cultural”, aberto à comunidade em geral.
Fonte:

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XIII Concurso Literário ACLe (Prazo: 20 de Agosto de 2012)

Organização:
 Academia Criciumense de Letras
 (48) 3433 2428 e (48) 3433 9643
 http://www.acle.com.br/faleconosco.html

Regulamento:

 1 – A Academia Criciumense de Letras, através de seus acadêmicos, promove o “XIII CONCURSO LITERÁRIO – ACLe – 2012”.

 2 – O concurso objetiva estimular a produção literária no sul de Santa Catarina e nele poderão se inscrever autores residentes no Estado, sem limite de idade ou escolaridade.

 3 – As obras, nos gêneros CONTO, CRÔNICA e POESIA, deverão ser inéditas, tendo como tema as etnias presentes na formação do povo catarinense.

 Nota: Pelo caráter ficcional dos gêneros propostos (conto, crônica e poesia) serão desclassificados os textos de cunho puramente histórico-documental.

 4 – Serão conferidas Medalhas de Mérito aos três primeiros classificados nos gêneros CONTO, CRÔNICA E POESIA, além de 2 (duas) ou mais Menções Honrosas, a critério da Comissão Julgadora. Todos os classificados receberão Diploma de “HONRA AO MÉRITO” e 1 (um) exemplar da Revista Acadêmica nº 13. Estabelecimentos escolares com alunos premiados no evento receberão Diplomas Especiais de “HONRA AO MÉRITO”, através de sua Direção.

 5 – A Academia Criciumense de Letras – ACLe – editará os trabalhos premiados em sua Revista Acadêmica nº 14. A premiação e o lançamento da revista acontecerão em Sessão Solene, com data, local e horário a serem comunicados com antecedência.

 6 – Cada concorrente poderá inscrever até duas (02) obras nas três (03) categorias, ou seja, há a possibilidade de apresentar ao Concurso até seis (06) trabalhos.

 7 – Os textos deverão ser escritos em Língua Portuguesa, podendo haver expressões em outro idioma, e atendendo aos seguintes requisitos quanto à extensão: o POEMA não poderá ultrapassar 60 (sessenta) versos ou linhas poéticas, ou no máximo duas (02) páginas; a CRÔNICA, até 40 linhas ou no máximo duas (02) páginas; o CONTO, não mais que 02 (duas) páginas. Acima destes padrões, os trabalhos não serão considerados inscritos à concorrência e premiação.

 8 – Todos os trabalhos inscritos deverão ser apresentados em grafia por computador, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, com espaço 1,5 e utilizando apenas uma das faces da folha tamanho ofício e obrigatoriamente em cinco (05) vias (pode ser em cópia xerox)

 9 – Em todos os trabalhos deverão constar apenas o título, o gênero, a idade (importante) e um pseudônimo do autor. O pseudônimo deverá ser diferente de outros anteriormente usados pelo concorrente. Se o candidato inscrever mais de um trabalho, deverá utilizar pseudônimos diferentes para cada um deles. O nome verdadeiro no trabalho desclassifica a obra.

 10 – Dentro do envelope que contém os trabalhos deverá ser acrescentado um outro, menor e lacrado, com os seguintes dados: título da obra; pseudônimo; nome completo, idade e xerox de um documento pessoal (RG ou outro); endereço (domiciliar /escolar ou profissional); em caso de estudantes, nome do estabelecimento de ensino; série do aluno; telefone e/ou e-mail.

 11 – Na parte externa do envelope, contendo os trabalhos e a identificação, deverão constar somente o endereço, o pseudônimo e a idade do concorrente.

 12 – O material assim composto deverá ser remetido no período 21/05/2012 a 20/08/2012, impreterivelmente, com registro postal ou entrega direta, para:

 ACADEMIA CRICIUMENSE DE LETRAS
 Fundação Cultural de Criciúma
 Rua Coronel Pedro Benedet, 269 – Centro
 88801-250 – Criciúma, SC.

 Ou ainda:

 ACADEMIA CRICIUMENSE DE LETRAS (somente pelo correio)
 Rua Coronel Pedro Benedet, 190 – Sala 512
 Galeria Catarina Gaidzinski – Centro
 88801-250 – Criciúma – SC.

 Telefones para informações: (48) 3433 2428 e (48) 3433 9643

 13 – Os trabalhos serão julgados por uma comissão formada por 05 (cinco) acadêmicos indicados pela diretoria da ACLe. A decisão da Comissão Julgadora é soberana.

 14 – Os resultados serão divulgados na primeira quinzena de outubro, em jornais e órgãos de comunicação da cidade de Criciúma.

 15 – O presente regulamento será divulgado no site da ACLe http://www.acle.com.br

 16 – Os trabalhos inscritos não serão devolvidos.

 17 – O encaminhamento dos trabalhos na forma prevista neste regulamento implica na concordância com as disposições nele consignadas.

 Iara Almansa Carvalho
 Presidente da ACLe

 Edna Margarida Gaidzinski Bastos
 Secretária da ACLe

 Sandra Meyer Silvestre
 Coordenadora do Concurso

Fonte:
http://concursos-literarios.blogspot.com 

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IV Concurso de Poesia Popular da UBT-Maranguape (Prazo: 31 de Agosto de 2012)

Organização:
 UBT – Maranguape
ubt.mpe@gmail.com
Regulamento:
 1) REQUISITOS:
 Cordel, sextilha, septilha, décima, glosa, poesia em trovas, poesia em quadras, acróstico, trova, haicai, poetrix, trevo, ode, poesia livre ou outro estilo de poesia, 
 inéditos(as), que versem sobre um dos temas a seguir:
 a) Fatos pitorescos, interessantes ou hilariantes ocorridos no Município de Maranguape, ou que façam menção ou tenham relação a Maranguape, sobre a fundação, história do município/distrito, localidade/comunidade de Maranguape;
 b) Pessoas importantes, de destaque, populares, curiosas do município de Maranguape ou homenagem a maranguapense ou a família(s) de maranguapense(s), artistas, humoristas, políticos, empresários, professores, médicos, religiosos, poetas, trovadores, a uma profissão com atuação em Maranguape;
 c) Histórias ocorridas nos bairros, distritos, comunidades ou na cidade de Maranguape, inclusive de eventos no município, histórias ou poesias sobre bairros, distritos, localidades, entidades, órgãos, academias (ACLA Academia de Ciências, Letras e Artes de Columinjuba), UBT-Maranguape (União Brasileira de Trovadores), festival do humor, empresas, associações, universidades/faculdades ou escolas do município de Maranguape; 
 d) Histórias interessantes, hilariantes, humorística, de ficção, sobrenaturais, científicas, folclóricas, esportivas, futebolísticas, de rádio, ambiental, política, religiosa, desfile estudantil, teatro, trilhas na serra, causos em forma de poesia, poesia livre, que tenham menção/relação com o município de Maranguape, seus distritos ou localidades/comunidades;
 e) Cordel de tema livre ou outro estilo de poesia com tema livre (que não tenha relação/menção ao município de Maranguape) será aceito como participação especial.
 2) LIMITES: No máximo um trabalho por concorrente, de livre escolha do estilo e tema, de qualquer local do país/exterior. O concurso é aberto aos simpatizantes de poesias, poetas/cordelistas, estudantes etc.
 3) ENDEREÇO PARA REMESSA DOS TRABALHOS:
 a) Por e-mail para o endereço eletrônico: ubt.mpe@gmail.com
 Quando da remessa deverá ser indicado nome do autor, endereço completo, cep e telefone.
 b) Pelo correio indicando nome do autor, endereço completo e telefone.
 IV CONCURSO DE POESIA POPULAR – UBT-MARANGUAPE
 A/C: Moreira Lopes
 R. Major Agostinho, 558 – Centro
 61.940.090 – Maranguape/CE
 4) PRAZO PARA REMESSA: Até 31 de agosto de 2012.
 5) CLASSIFICAÇÕES: 5 trabalhos vencedores [1º. a 5º.] / 5 Menções honrosas [6º. a 10º.] / 5
 Menções especiais [11º a 15º.].
 6) Prêmios: Troféu para o 1º. colocado geral e diploma para cada um dos classificados.
 A premiação está prevista para o dia 20.10.2012, em local a ser confirmado.
 7) JULGAMENTO: A UBT-Maranguape formará a comissão julgadora do concurso.
 Obs: Serão desclassificados os trabalhos postados após 31.08.2012. Pelas simples remessa do trabalho o(a) concorrente aceita as normas do presente regulamento e autoriza a publicação e divulgação do trabalho pela UBTMARANGUAPE através de livros, informativos, na internet e no programa Brasil Trovador pela rádio FM Maranguape 106,3 (www.maranguapefm.com.br). Os trabalhos não serão devolvidos.
 Maranguape, CE, em 02 de abril/2012.
 Moreira Lopes / Presidente da UBT-MARANGUAPE e Coordenador do Concurso. 
 Participe pelo e-mail: ubt.mpe@gmail.com

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XIII Concurso de Poesias de Casimiro de Abreu (Prazo: 31 de Agosto)

Organização:
 Fundação Cultural Casimiro de Abreu
cultura@culturacasimiro.rj.gov.br
Regulamento:

 Participantes:
 Poderão participar do concurso moradores do município de Casimiro de Abreu, demais municípios do Brasil e brasileiros residentes no exterior, com idade a partir de 16 anos, completados até o dia 31 de agosto de 2012, que cumpram os requisitos deste regulamento.
 Para os brasileiros residentes no exterior é necessário que possua uma conta bancária em qualquer banco no Brasil para recebimento da premiação.
 Não poderão concorrer membros da Comissão Julgadora, servidores da Fundação Cultural Casimiro de Abreu e demais pessoas envolvidas na organização do Concurso.
 Período de inscrição:
 Os trabalhos deverão ser entregues na Fundação Cultural Casimiro de Abreu, Rua Salomão Ginsburg, 168, Centro – Casimiro de Abreu RJ – CEP 28860-000, no horário de 09h às 17h, de segunda a sexta-feira, entre 14 de maio e 31 de agosto de 2012 ou enviadas por Correio obedecendo as mesmas datas, valendo o carimbo postal como comprovante do prazo.
 Textos:
 Deverão ser escritos em língua portuguesa, digitados em papel branco A4, de um só lado da folha em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, em 5 (cinco) vias;
 O tema é livre
 Não serão aceitos trabalhos manuscritos.
 Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, que não tenham sido objeto de qualquer tipo de apresentação, veiculação ou publicação antes da inscrição no concurso e até a divulgação do resultado e entrega dos prêmios aos vencedores.
 Cada concorrente poderá participar com apenas 1 (um) trabalho.
 Nas páginas enviadas deverão conter somente o título da obra, a obra e o pseudônimo do autor. 
 A fim de resguardar a lisura da seleção dos trabalhos, os pseudônimos NÃO deverão guardar qualquer semelhança com o nome, apelido ou outro fator de identificação do concorrente.
 Não serão aceitas, em nenhuma hipótese, trocas, alterações, inserções ou exclusões de partes ou de quaisquer das obras após a entrega, ainda que dentro do prazo de recebimento.
 Apresentação dos Trabalhos – Envelope:
 Os trabalhos deverão ser enviados dentro de um envelope endereçado da seguinte maneira: 
 XIII CONCURSO LITERÁRIO DE POESIA 
 Fundação Cultural Casimiro de Abreu
 Rua Salomão Ginsburg, 168, Centro 
 Casimiro de Abreu – RJ.
 CEP 28860-000 
 No remetente deverá vir escrito o nome do autor e o endereço.
 O pseudônimo NÃO poderá vir escrito no exterior do envelope.
 TODAS as folhas dos trabalhos deverão conter apenas o pseudônimo no rodapé, sem assinatura ou qualquer tipo de identificação.
 A ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada deverá vir dentro do envelope.
 É importante o preenchimento correto da ficha de inscrição, para correta identificação do participante e para facilitar contatos posteriores.
 O preenchimento incorreto ou ilegível da ficha de inscrição poderá desclassificar o concorrente.
 Não serão aceitas inscrições pela Internet.
 Não haverá devolução dos trabalhos recebidos.
 Os trabalhos que não obedecerem às regras e condições estipuladas neste regulamento serão automaticamente desclassificados.
 Julgamento
 O corpo de jurados será formado por profissionais da área, altamente qualificados e designados pela Comissão Organizadora do Concurso.
 As decisões do júri são soberanas e irrecorríveis.
 Serão ainda critérios para julgamento:
 Demonstrar conhecimento da língua portuguesa;
 Manter o texto dentro das dimensões propostas no Regulamento.
 A comissão organizadora decidirá sobre as omissões deste Regulamento, depois de ouvida a opinião do júri.
 Divulgação dos resultados:
 O resultado será divulgado através do site: http://www.culturacasimiro.rj.gov.br e do blog: culturacasimiro.blogspot.com.br, no dia 31 de outubro de 2012.
 Entrega da premiação:
 A premiação será entregue na Casa de Cultura Estação Casimiro de Abreu durante coquetel, às 20h, do dia 23 de novembro de 2012. 
 Premiação:
 O primeiro colocado receberá R$ 500,00 (quinhentos reais) e um certificado de participação.
 O segundo colocado receberá R$ 300,00 (trezentos reais) e um certificado de participação.
 O terceiro colocado receberá R$ 200,00 (duzentos reais) e um certificado de participação.
 Os concorrentes que tiverem seus trabalhos selecionados serão previamente comunicados por meio de correio eletrônico ou, na falta deste, por telefone.
 A seleção se dará pelo cumprimento das normas estipuladas neste regulamento.
 Apenas os concorrentes selecionados receberão certificados de participação via correio eletrônico em formato pdf.
 Os certificados serão enviados imediatamente após a conferência do conteúdo dos envelopes e validação da participação.
 O recebimento do certificado valerá como comprovante de inscrição.
 Certificados impressos só serão entregues aos concorrentes diretamente na sede da Fundação Cultural após a divulgação dos resultados.
 Em nenhum dos níveis de premiação será permitido o empate.
 O desempate ficará a cargo do júri, que destacará os trabalhos com o mesmo número de votos e realizará votação separada até que haja um vencedor. 
 Os critérios para julgamento serão subjetivos, dada a natureza do concurso. 
 Os prêmios deverão ser retirados no dia 23 de novembro de 2012 na Cerimônia Oficial ou na hipótese da ausência do vencedor, depositado em conta corrente por ele informada no prazo máximo de 60 dias após a data da premiação.
 Disposições Gerais
 A Fundação Cultural Casimiro de Abreu se reserva o direito de publicar poemas, vencedores ou não, em livros, ficando explícito que o ato de inscrição através da Ficha implica em autorização para publicação.
 Nos casos em que o participante for menor de idade, os pais ou responsáveis deverão assinar a Ficha de Inscrição.
 No caso da publicação de livros com poemas, o autor receberá 05 (cinco) exemplares a título de direito autoral.
 Casimiro de Abreu, 07 de maio de 2012.
 REALIZAÇÃO:
 PREFEITURA MUNICIPAL DE CASIMIRO DE ABREU
 FUNDAÇÃO CULTURAL CASIMIRO DE ABREU
Fonte:

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1º Concurso de Contos de Ituiutaba – Águas do Tijuco (Prazo: 06 de Agosto)

Organização:
 Fundação Cultural de Ituiutaba

Informações e Dúvidas:
concursodecontosaguasdotijuco@yahoo.com.br
Regulamento:
 A Fundação Cultural de Ituiutaba, com o objetivo de promover a literatura nacional, vem através deste tornar públicas as normas para a participação no 1º CONCURSO DE CONTOS DE ITUIUTABA “ÁGUAS DO TIJUCO”.
 REGULAMENTO
 1. DO CONCURSO
 1- A Fundação Cultural de Ituiutaba será responsável pela elaboração do regulamento, organização do concurso, indicação da Comissão Organizadora e Comissão Julgadora, divulgação dos resultados e pagamento da premiação.
 2- Os trabalhos de seleção e habilitação dos contos aptos à participação dar-se-ão por intermédio de Comissão Organizadora Paritária, composta por 05 (cinco) membros, representantes da Fundação Cultural de Ituiutaba, representante do conselho curador e cidadãos de notório conhecimento literário.
 3- O concurso dará ênfase a um único gênero literário: o conto.
 4- A participação do concurso implicará na concordância automática do participante com todas as cláusulas desse regulamento.
 5- Cada escritor poderá participar com apenas um conto e sem limite de páginas.
 6- Do concurso poderão participar brasileiros residentes em qualquer estado da federação e egressos de território internacional, abstendo-se de participar membros da comissão organizadora, comissão julgadora, bem como servidores da Fundação Cultural de Ituiutaba direta ou indiretamente envolvidos na organização.
 2. DOS TEXTOS
 1- É vetada a participação de obras que já tenham sido, anteriormente, premiadas ou tenham recebido menção honrosa em outros concursos literários, sob pena de inabilitação.
 2- A Formatação dos textos deverá ser digitada em folha A4, corpo 13, espaço 1,5 (entrelinhas) e fonte Arial, impressos na face frontal da página, devendo as subseqüentes, caso hajam, estar numeradas e grampeadas.
 3- Fica proibido o envio de capa, ilustrações, fotografias, prefácios, dedicatórias, agradecimentos ou quaisquer caracteres que possibilitem a identificação do escritor participante;
 3. DAS OBRAS INSCRITAS
 1. A comissão organizadora analisará, selecionará e encaminhará os originais para a comissão julgadora.
 2. Ao submeter o texto à comissão julgadora, o autor renuncia aos direitos de sigilo da obra, autorizando, automaticamente, a divulgação do material nos meios de comunicação disponíveis, preferencialmente, via internet.
 3. Para todos os efeitos legais, os autores declararão ser legítimos criadores dos textos inscritos e, assegurarão o ineditismo dos mesmos, eximindo a Fundação Cultural de Ituiutaba, bem como a comissão organizadora de responsabilidade por eventual infração em sua totalidade ou particularidade.
 4. DAS INSCRIÇÕES
 1. A participação é livre e isenta de taxa de inscrição.
 2. O período de recebimento dos contos dar-se-á de 06 de Junho a 06 de Agosto 2012 e, os contistas que pleitearem participação deverão enviar a respectiva produção cultural para a Rua 24, nº 1332 – Centro, Ituiutaba-MG – CEP:38.300-078, Fundação Cultural de Ituiutaba, aos cuidados da Comissão organizadora, responsável pelo recebimento, cadastramento e encaminhamento à avaliação dos contos recebidos.
 3. Os contos deverão ser enviados em um envelope grande e lacrado, identificado na frente com o nome do concurso. Dentro deste envelope os concorrentes deverão enviar um envelope menor, também lacrado, identificado na parte externa apenas com o título do conto e o pseudônimo utilizado. O envelope menor deverá conter uma folha com os seguintes dados: nome completo, e-mail, telefone para contato e dados biográficos. O prazo para inscrições termina impreterivelmente em 06 de Agosto de 2012, valendo a data do carimbo do correio.
 4. Os contos deverão ser apresentados em quatro (04) vias.
 5. DOS DIREITOS AUTORIAIS
 Parágrafo Único: A participação, a respeito da qual seja constatado qualquer ato atentatório à fidedignidade do concurso será julgada pela Comissão Organizadora, que decidirá pela responsabilização administrativa, sem prejuízo, das sanções penais e da responsabilização cível, cabíveis.
 6. DA ESCOLHA DA COMISSÃO JULGADORA
 Parágrafo Único: A Comissão julgadora do 1º Concurso de Contos de Ituiutaba “Águas do Tijuco”, será indicada pela Fundação Cultural de Ituiutaba e Comissão Organizadora.
 7. DOS RESULTADOS
 1. Não haverá devolução dos contos concorrentes, os quais, findo o concurso, serão incinerados com os respectivos envelopes de identificação.
 2. Além do conto premiado, outros nove serão selecionados, independentemente de classificação, que com o conto ganhador, constituirão um livro, com tiragem de 500 exemplares e distribuição gratuita, a ser publicado segundo critérios estabelecidos pela Fundação Cultural de Ituiutaba, observados os princípios da legalidade e da moralidade administrativa.
 3. Reserva-se a cada um dos 10 autores que colaborarem na composição da obra e comissões participantes a quantidade de 10 (dez), exemplares.
 8. PREMIAÇÃO
 1. Ao autor do melhor conto será entregue o prêmio, indivisível, em moeda corrente, no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), reservadas as obrigações tributárias previstas em lei.
 2. A solenidade da entrega da premiação ocorrerá em data, agendada pela Fundação Cultural de Ituiutaba e demais interessados pessoalmente e às expensas do ganhador, devendo a mesma se realizar nesta cidade de Ituiutaba.
 9. DAS RESPONSABILIDADES
 1. Serão automaticamente desclassificados os trabalhos encaminhados fora do prazo estipulado e, aqueles que se apresentarem em divergência às normas estabelecidas neste regulamento.
 2. O participante autoriza, desde já, a utilização de seu nome e imagem, livre de quaisquer ônus, para fins de divulgação e promoção do concurso literário em todo território nacional.
 10. DISPOSIÇÕES GERAIS
 1. A participação neste concurso cultural implica na aceitação automática e irrestrita das normas previstas neste regulamento.
 2. Dúvidas relacionadas a este instrumento deverão ser enviadas para o endereço eletrônico: concursodecontosaguasdotijuco@yahoo.com.br.
 3. Os casos omissos serão resolvidos pela Fundação Cultural de Ituiutaba, em decisão soberana da Comissão Julgadora.
 Ituiutaba, 28 de maio de 2012.
 Francisco Roberto Rangel
 Presidente da Fundação Cultutal de Ituiutaba.
 Lidiane Costa Souza
 Presidente da Comissão Organizadora.
Fonte:

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Prêmio SESC de Crônicas Rubem Braga (Prazo: 31 de Julho)

Organização:
SESC/AR/DF
0800-617617 e (61) 3217-9124
Regulamento:
I – DA PROMOÇÃO E DA REALIZAÇÃO
Art. 1º
O Prêmio SESC de Crônicas Rubem Braga é uma iniciativa cultural do Serviço Social do Comércio – Administração Regional no Distrito Federal -SESC/AR/DF.
II – DOS OBJETIVOS
Art. 2º
Incentivar a produção literária, revelar novos talentos no cenário da literatura brasileira e ampliar o espaço institucional do SESC/AR/DF na área cultural.
III – DA PARTICIPAÇÃO
Art. 3º
Poderão concorrer:
• Brasileiros maiores de 18 anos, residentes no território nacional;
• Estrangeiros que residam no Brasil, no mínimo, há 20 anos, e atualmente residentes no Distrito Federal;
• E entre 16 e 17 anos, residentes no território nacional, com a autorização e assinatura dos pais ou responsáveis na ficha de inscrição e no termo de cessão de direitos autorais.
Art. 4º
Cada participante poderá inscrever até duas crônicas inéditas e não publicadas. São consideradas inéditas as crônicas que nunca foram publicados, impressos, e/ou classificados em qualquer concurso de cunho literário.
Art. 5º
• É vedada a participação de funcionários do SESC;
• É vedada a participação de ex-jurado e familiares.
IV – DA NATUREZA E DO TEMA
Art. 6º
Entende-se por crônica um texto curto e narrado em primeira pessoa, onde o próprio escritor está “dialogando” com o leitor
Art. 7º
O tema é de livre escolha do participante.
Art. 8º
As crônicas devem conter elementos que promovam o bem estar e os valores morais.
V – DAS INSCRIÇÕES
Art. 9º
As inscrições são gratuitas e poderão ser efetuadas até 31 de julho, das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira
a) Nas seguintes Unidades Operacionais do SESC/AR/DF:
– SESC Estação 504 Sul, Av. W3 Sul, Quadra 504/505, Bloco “A”;
– Setor Comercial Sul, Quadra 2, Edifício Presidente Dutra;
– 913 Sul, W4, Quadra 713/913, Conjunto “F”;
– Taguatinga Sul, Setor “F” Sul, Área Especial 3;
– Taguatinga Norte, CNB 12, Área Especial 2/3;
– Gama, Setor leste Industrial, lotes 620, 640, 660, 680;
– Guará, QE 4, Área Especial;
– Centro de Atividades SESC Ceilândia, QNN 27, lote B, Ceilândia Norte.
b) Postados, com a remessa da documentação para o endereço abaixo: Serviço Social do Comércio Administração Regional no Distrito Federal, SESC Estação 504 Sul – Biblioteca Av. W3 Sul, Quadra 504/505, Bloco “A” – Brasília, DF, CEP 70331-570
Art. 10
A ficha de inscrição e este regulamento poderão ser obtidos na internet, no site http://www.sescdf.com.br
Ficha de Inscrição:
Art. 11
Informações complementares poderão ser obtidas pelos telefones 0800-617617 e (61) 3217-9124.
Art. 12
A inscrição será efetuada mediante a entrega ou a postagem de envelope lacrado, com etiqueta fixada no canto superior direito, com as seguintes informações:
Prêmio SESC de Crônicas Rubem Braga – 2012
Título(s) da(s) crônica(s):
_________________________________________________
Art. 13
O envelope deverá conter:
a) Ficha de inscrição devidamente preenchida;
b) A crônica impresso em 5 (cinco) vias, em papel A4, sem ilustrações, numa só face, com, no máximo, uma página digitada no Microsoft Word, fonte Times New Roman, tamanho 12, espaçamento duplo e alinhamento justificado. O título da crônica deverá constar da parte superior da página inicial, digitado em negrito, em fonte Times New Roman, tamanho 14, alinhamento centralizado; 
c) 01 (um) CD contendo o texto da crônica inscrito;
d) Cópia da Carteira de Identidade e CPF.
e) 01 (um) CD contendo a foto do autor digitalizada em alta resolução, acompanhada de breve biografia do mesmo, com, no máximo 10 linhas, no formato doc.
f) Termo de Cessão de Direitos Autorais (conforme modelo);
Parágrafo único. É proibida qualquer forma de identificação nas margens, no rodapé e no texto da cônica, como pseudônimo,nome ou sobrenome do autor, suas iniciais, assinatura ou rubrica.
VI – DA SELEÇÃO E DA CLASSIFICAÇÃO
Art. 14
As crônicas serão analisados por Comissão especialmente designada pela Direção do SESC, composta por membros de notório conhecimento no campo literário, que procederá à seleção de 35 (trinta e cinco) crônicas e as classificará em ordem decrescente de pontos.
Art. 15
A decisão da Comissão é soberana e irrecorrível.
VII – DOS RESULTADOS
Art. 16
Os resultados dos processos de seleção e classificação serão divulgados nas Unidades do SESC/AR/DF e no site http://www.sescdf.com.br
VIII – DA PREMIAÇÃO
Art. 17
As 35 (trinta e cinco) crônicas selecionadas serão reunidas em Coletânea a ser publicada pelo SESC/AR/DF. 
A solenidade de premiação e o lançamento da Coletânea dar-se-ão em local, data e horário a serem definidos oportunamente, pelo SESC/AR/DF.
Art. 18
A critério da Direção do SESC/AR/DF, outras crônicas, além das selecionadas, poderão fazer parte da Coletânea.
Art. 19
Os autores das crônicas classificadas nos 3 (três) primeiros lugares receberão prêmio pecuniário, cujos valores, abaixo discriminados, são brutos, e deles serão deduzidos impostos e contribuições, com base na legislação em vigor:
1º classificado – R$ 2.000,00
2º classificado – R$ 1.500,00
3º classificado – R$ 1.000,00
Parágrafo único. Os autores das obras selecionadas receberão certificados de participação e exemplares da Coletânea.
IX – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 20
Os participantes, ao se inscreverem, manifestam plena concordância com o presente regulamento, cujo descumprimento ensejará sua desclassificação.
Art. 21
Os autores cujas crônicas tenham sido selecionados para integrar a coletânea deverão assinar e encaminhar ao SESC/ AR/DF (Estação 504 Sul), no prazo determinado:
a) Termo de Cessão de Direitos Autorais (conforme modelo), com firma reconhecida em cartório;
Art. 22
O SESC/AR/DF reserva-se o direito de:
a) Utilizar os trabalhos selecionados, em material institucional, por prazo indeterminado;
b) Proceder à revisão gramatical das crônicas selecionadas, com a finalidade de publicação da Coletânea;
c) Não devolver aos participantes o material da inscrição;
d) Não efetuar, sob nenhuma forma, pagamento de direitos autorais;
e) Não se responsabilizar por cópias, plágios ou fraudes;
f) A diagramação dos textos seguirá os critérios estipulados pelo SESC/AR/DF.
Parágrafo único: quaisquer manifestações contrárias às cláusulas deste regulamento deverão ser encaminhadas ao SESC/AR/DF, por meio de documento original assinado, em até 48 horas da publicação do resultado.
g) Desclassificar o participante que não entregar a documentação completa solicitada no artigo 13 deste Regulamento.
Art. 23
O SESC/AR/DF assegura aos participantes de outros estados, no caso de terem sido classificados em 1º, 2º ou 3º lugares, passagem aérea e hospedagem em Brasília, em sua Unidade de Turismo Receptivo, sem direito a acompanhante, para participarem da solenidade de entrega da premiação e do lançamento da Coletânea, sendo, para tal, indispensável a presença do candidato.
Art. 24
Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos pela Direção do SESC/AR/DF. 
Fonte:

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Arquivado em concurso de cronicas, Inscrições Abertas

Mário Zamataro (A Mania das Palavras)

Ilustração por Carlos Araújo 
(veja nota abaixo)
As palavras têm a mania de querer ultrapassar os dicionários. Não se trata de mania de grandeza, mas, sim, de sentido. Mania de não aceitar uma definição qualquer que as prenda a determinado sentido. O que é natural.

 Cada ser vivo experimenta sensações próprias em suas experiências vividas. Alguns vão além, inventam sensações e imaginam experiências. E dão a este tipo de combinação um poder ainda maior para a significação dos eventos da vida. As significações se encadeiam e se transferem de um ser vivo a outro, o que forma um conjunto infinito…

 As palavras nascem assim, das sensações experimentadas e inventadas. E vão se juntar a outras, interminavelmente, neste mesmo conjunto infinito da vida.

 No subconjunto da poesia, as significações são potencializadas. Ou seja, as palavras ganham potência. Talvez seja este o melhor contexto para a demonstração e compreensão desta mania “incurável” que as palavras têm. É onde a combinação de palavras e significações forma uma trama inesgotável de sensações e de possibilidades de sensações; sugere a invenção de experiências; engendra imagens de matizes antes impossíveis; amplia as dimensões do mundo!

 Viva a mania das palavras!
———–
Nota:
Essa ilustração – ouvindo e procurando palavras num dicionário – foi criada para um livro didático (Língua Espanhola) da Editora Ática. Até o cachorro participa…

Fontes:

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Arquivado em Cronica, Curitiba, Magia das Palavras, O Escritor com a Palavra, Paraná

Manuel Bandeira (Poesias Infanto-Juvenis)

Ilustração de Robson Corrêa de Araújo

COTOVIA

– Alô, cotovia! 
 Aonde voaste,
 Por onde andaste,
 Que saudades me deixaste?
 – Andei onde deu o vento.
 Onde foi meu pensamento
 Em sítios, que nunca viste,
 De um país que não existe . . .
 Voltei, te trouxe a alegria.
 – Muito contas, cotovia!
 E que outras terras distantes
 Visitaste? Dize ao triste.
 – Líbia ardente, Cítia fria,
 Europa, França, Bahia . . .

 – E esqueceste Pernambuco, 
 Distraída?

 – Voei ao Recife, no Cais
 Pousei na Rua da Aurora.

 – Aurora da minha vida
 Que os anos não trazem mais!

 – Os anos não, nem os dias,
 Que isso cabe às cotovias.
 Meu bico é bem pequenino
 Para o bem que é deste mundo:
 Se enche com uma gota de água.
 Mas sei torcer o destino,
 Sei no espaço de um segundo
 Limpar o pesar mais fundo.
 Voei ao Recife, e dos longes
 Das distâncias, aonde alcança
 Só a asa da cotovia, 
 – Do mais remoto e perempto
 Dos teus dias de criança
 Te trouxe a extinta esperança,
 Trouxe a perdida alegria. 

A ONDA

A onda
a onda anda
 aonde anda
 a onda?
 a onda ainda
 ainda onda
 ainda anda
 aonde?
 aonde?
 a onda a onda

BELO BELO

 Belo belo minha bela
 Tenho tudo que não quero
 Não tenho nada que quero
 Não quero óculos nem tosse
 Nem obrigação de voto
 Quero quero
 Quero a solidão dos píncaros
 A água da fonte escondida
 A rosa que floresceu
 Sobre a escarpa inacessível
 A luz da primeira estrela
 Piscando no lusco-fusco
 Quero quero
 Quero dar a volta ao mundo
 Só num navio de vela
 Quero rever Pernambuco
 Quero ver Bagdá e Cusco
 Quero quero
 Quero o moreno de Estela
 Quero a brancura de Elisa
 Quero a saliva de Bela
 Quero as sardas de Adalgisa
 Quero quero tanta coisa
 Belo belo
 Mas basta de lero-lero
 Vida noves fora zero. 

ORAÇÃO PARA AVIADORES

Santa Clara, clareai
 Estes ares.
 Dai-nos ventos regulares,
 de feição.
 Estes mares, estes ares
 Clareai.

Santa Clara, dai-nos sol.
 Se baixar a cerração,
 Alumiai
 Meus olhos na cerração.
 Estes montes e horizontes
 Clareai.

Santa Clara, no mau tempo
 Sustentai
 Nossas asas.
 A salvo de árvores, casas,
 E penedos, nossas asas
 Governai.

Santa Clara, clareai.
 Afastai
 Todo risco.
 Por amor de S. Francisco,
 Vosso mestre, nosso pai,
 Santa Clara, todo risco
 Dissipai.

Santa Clara, clareai.

A ESTRELA 

Vi uma estrela tão alta, 
 Vi uma estrela tão fria! 
 Vi uma estrela luzindo 
 Na minha vida vazia. 

 Era uma estrela tão alta! 
 Era uma estrela tão fria! 
 Era uma estrela sozinha 
 Luzindo no fim do dia. 

 Por que da sua distância 
 Para a minha companhia 
 Não baixava aquela estrela? 
 Por que tão alto luzia? 

 E ouvi-a na sombra funda 
 Responder que assim fazia 
 Para dar uma esperança 
 Mais triste ao fim do meu dia. 

D. JANAÍNA 

D. Janaína
 Sereia do mar
 D. Janaína
 De maiô encarnado
 D. Janaína
 Vai se banhar.

 D. Janaína
 Princesa do mar
 D. Janaína
 Tem muitos amores
 É o rei do Congo
 É o rei de Aloanda
 É o sultão-dos-matos
 É S. Salavá!

 Saravá saravá
 D. Janaína
 Rainha do mar.

 D. Janaína
 Princesa do mar
 Dai-me licença
 Pra eu também brincar
 No vosso reinado.

BALÕEZINHOS

Na feira do arrabaldezinho 
 Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor: 
 – “O melhor divertimento para as crianças!” 
 Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres, 
 Fitando com olhos muito redondos os grandes balõezinhos muito redondos.

No entanto a feira burburinha. 
 Vão chegando as burguesinhas pobres, 
 E as criadas das burguesinhas ricas, 
 E mulheres do povo, e as lavadeiras da redondeza.

Nas bancas de peixe, 
 Nas barraquinhas de cereais, 
 Junto às cestas de hortaliças 
 O tostão é regateado com acrimônia.

Os meninos pobres não vêem as ervilhas tenras, 
 Os tomatinhos vermelhos, 
 Nem as frutas, 
 Nem nada.

Sente-se bem que para eles ali na feira os balõezinhos de cor são a 
 [única mercadoria útil e verdadeiramente indispensável.

O vendedor infatigável apregoa: 
 – “O melhor divertimento para as crianças!” 
 E em torno do homem loquaz os menininhos pobres fazem um 
 [círculo inamovível de desejo e espanto. .

TREM DE FERRO

Café com pão
 Café com pão
 Café com pão

 Virgem Maria que foi isto maquinista?

 Agora sim
 Café com pão

Agora sim
 Café com pão

 Voa, fumaça
 Corre, cerca
 Ai seu foguista
 Bota fogo
 Na fornalha
 Que eu preciso
 Muita força
 Muita força
 Muita força

 Oô..
 Foge, bicho
 Foge, povo
 Passa ponte
 Passa poste
 Passa pato
 Passa boi
 Passa boiada
 Passa galho
 De ingazeira
 Debruçada
 Que vontade
 De cantar!

 Oô…
 Quando me prendero
 No canaviá
 Cada pé de cana
 Era um oficia
 Ôo…
 Menina bonita
 Do vestido verde
 Me dá tua boca
 Pra matá minha sede
 Ôo…
 Vou mimbora voou mimbora
 Não gosto daqui
 Nasci no sertão
 Sou de Ouricuri
 Ôo…

 Vou depressa
 Vou correndo

Vou na toda
 Que só levo
 Pouca gente
 Pouca gente
 Pouca gente…

Fonte:

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Arquivado em poesias para crianças, Recife, Rio de Janeiro

Antonio Carlos Viana (Tia Darci Ouve Vozes)

 Quando tia Darci voltou a ouvir vozes, eu não era mais tão criança. Ninguém lhe deu atenção. Diziam que era meio pancada só porque era solteirona. Minha mãe dizia que era falta de homem, que, se ela tivesse um ao lado, ia ver coisas bem mais interessantes, não ia ficar prestando atenção em vozes do outro mundo. Mas eu sentia verdade na voz de tia Darci. Quando ela disse que uma nova prova ia começar para a família, todo mundo ficou nervoso, mas preferiu disfarçar, dizendo que espíritos não voltam, se é que há espíritos. Como tia Darci viu que só eu deixava transparecer confiança em suas palavras, se pegou comigo e me chamava sempre que recebia um recado do além. Eu perguntava como era a voz. Ela dizia que não chegava a ser uma voz assim como quando a gente fala. Era uma coisa que se espalhava dentro dela, que ficava azucrinando e só lhe dava descanso quando ela parava tudo o que estivesse fazendo para escutar. Ela vivia fazendo jejuns e tinha certas comidas que não comia nem amarrada, dizia que lhe quebravam as forças. Seu maior sonho era ter as chagas de Cristo nas mãos. Ela lera isso numa revista, um padre italiano sangrava assim e fazia milagres.

 Um dia perguntei a ela o que a voz falava de mim. Ela disse para eu não ter medo do futuro, mas que tomasse cuidado com os inimigos que se fazem de amigos e a gente nem desconfia. Que inimigos? Por enquanto só o menino vizinho, que vivia pegando no meu pé porque no pião eu era imbatível. “Começa por aí”, ela falou. Passei a olhar o tal vizinho com olho torto. Ele vinha me chamar para brincar e eu dizia que não, tinha muita tarefa da escola pra fazer, precisava molhar as plantas do quintal, que se morresse uma roseira a culpa ia ser minha… É chato a gente mentir. Ele não se conformava e marcava então pra depois que eu terminasse minhas tarefas. Na verdade, eu não queria mais brincar com ele. Depois que tia Darci adivinhou que alguém ia se queimar com uma panela de água quente e meu irmão se queimou todo no peito, 0 que ela dizia não podia ser desprezado.

 Leonardo, o tal vizinho, veio brincar de pião num fim de tarde que quase terminou no hospital. Ele jogou o pião de um jeito que o bico caiu em cima do meu pé e fez um furo feio. Tia Darci falou que eu precisava levar a sério o que ela dizia, não fosse como os outros, que viviam zombando dela. E viviam mesmo. No almoço, todos à mesa, meu pai era o primeiro a desacatá-la de forma grosseira: “Que é que esse pato está lhe dizendo agora, Darci?”. A gente via que ele estava indo além dos limites. “A mim está dizendo que está muito gostoso”, respondia ele mesmo, com aquela risada sem controle, de fazer saltar carocinho de arroz por cima da gente. Tia Darci olhava para ele e eu via nos olhos dela um misto de raiva e compaixão. Havia na gaveta do armário dela um livro de são Cipriano, o Livro negro, que minha mãe dizia só servir para fazer mal aos outros. Eu era doido para folheá-lo, mas tia Darci não deixava. Dizia que ali havia remédio para tudo, até para a pessoa não ficar careca. Eu quis saber como era, para aplicar a fórmula, se eu precisasse um dia, mas ela nunca me deixou nem pegar nele.

 De manhã, todos nós ficávamos esperando tia Darci sair do quarto pra perguntar o que ela havia escutado durante a noite. Não era sempre que isso acontecia. Minha mãe só queria 05 números do bicho, era viciada. Tia Darci dizia que os espíritos não gostam de jogo e que, se minha mãe quisesse ganhar, fosse escutar as vozes dela, porque todos temos vozes que zelam por nós, é só querer escutá-las. Corno éramos crianças, ela dizia só coisas boas: eu iria ser escritor, Deo vai ser engenheiro, Caco vai ser um pintor famoso, Lia vai ser doutora, Nenzinho vai ser advogado.

 Num dia de muita chuva, todo mundo dentro de casa, tia Darci levantou a mão direita pedindo silêncio. Olhei pra ver se tinha alguma chaga. Não tinha. Nessas horas, ela se empertigava toda, parecia mais alta do que era, era a mais alta da família, muito magra, o rosto encovado, talvez de tanto sofrer com a descrença dos outros. Tinha os cabelos curtinhos, ela mesma os cortava com uma gilete, era uma pessoa toda sem vaidade. De longe, se estivesse de calça comprida, qualquer um pensava que era um rapazinho. Acho que o nome moldou seu corpo, porque Darci tanto podia ser nome de homem ou de mulher. Só quando falava, aparecia a sua feminilidade, uma voz doce e bonita, que puxava os cânticos nas novenas de junho.

 Ficamos então em silêncio, e tia Darci foi se empertigando toda, foi ficando distante de todos nós, seus olhos deixavam transparecer que não era coisa boa 0 que ela estava ouvindo. O silêncio era total na sala e dali a pouco ela veio voltando lentamente, sacudiu a cabeça e disse: “Coisas graves vão acontecer nesta casa”. Minha mãe disse logo: “Por que você não pega só as boas?”. “Não depende de mim”, ela respondeu, e saiu da sala. Depois de ouvir as tais vozes, tinha de tomar um banho de sal grosso para se livrar das energias negativas que ficavam em seu corpo. Se não tomasse, caía numa prostração feia que só o doutor conseguia curar com muita conversa no quarto escuro e bolinhas de homeopatia. Ela dizia que só se dava bem com elas, os outros remédios a fariam perder a capacidade de ouvir. Foi assim com um antibiótico que tomou para um ferimento na perna. Passou meses sem ouvir vozes. Da família, era a mais estudada, fora até o Normal, mas não se formou, pois começou a ouvir as tais vozes ainda no primeiro ano e isso atrapalhou tudo. Espalharam sua fama de feiticeira e ela foi ficando malvista por todos, até que desistiu da escola. Podia até ter vivido da sua mediunidade, mas nunca quis, dizia que não se cobrava pelo que era dado de graça por Deus. Por Deus?, retrucava minha mãe, sempre incrédula.

 Naquele dia, uma das coisas que tia Darci falou quando voltou do banho foi que meu pai deveria tomar cuidado. Devia adiar aquela viagem que ele ia fazer em outubro. Se ele fosse, não voltaria. Falou direto, acho que de tanta raiva que tinha dele, já que os dois viviam se pegando por qualquer tolice. E que a voz tinha dito que dele só restaria a malinha de ferramentas. Melhor não viajar. Pela primeira vez minha mãe deu ouvidos a tia Darci e fez tudo pra meu pai deixar aquela viagem pra depois, quando os espíritos soprassem tempo bom. Ele disse que, se fosse esperar pelos espíritos, a gente morria de fome. Precisava ir ao Rio resolver problemas de um emprego que tinha largado, trabalhar mais um pouco pra juntar dinheiro e depois voltava de vez pra morar com a gente e abrir uma torrefação de café. O olhar de tia Darci em cima dele parecia de pena.

 A gente estava almoçando quando o assunto voltou à baila. Meu pai, com seu jeito ríspido, falou: “Agora mesmo é que eu vou. Quero ver se essas vozes estão falando a verdade”. Achei que ele não devia ter falado assim, tia Darci já havia acertado comigo no caso de Leonardo. A malinha de ferramentas no canto da sala me pareceu sinistra. Nada fez meu pai desistir da viagem.

 Era outubro, bem no começo, ele nem se despediu da gente, só vi a porta bater e minha mãe ficar chorando na sala. Ela o amava muito, mesmo sendo ele um pobretão, como ela mesma dizia. Passou a primeira semana e nenhuma notícia dele. Passou a segunda, e a mesma coisa. A família começou a se inquietar. Como saber o que tinha acontecido? Tia Darci, mais calada do que nunca.

 Como ela havia previsto, meu pai nunca mais voltou. Só errou quanto à maleta de ferramentas, que se perdeu para sempre. Assim que soube da notícia, tia Darci sumiu de casa, e só muitos anos depois é que descobrimos seu paradeiro, quando já estávamos crescidos. Ela estava morando num asilo, numa cidade do interior. Fui visitá-la. Parecia bem tratada, de banho tomado. Engordara muito. Ali sentada na varanda, parecia um velho índio do Oeste, com uma trança branca descendo pelo ombro esquerdo. Não a reconheci. A imagem que me ficara era a de uma mulher seca, de cabelo cortado bem curtinho. Não deu a menor bola para. mim, apenas sorriu quando falei quem eu era. Minha voz quase não saía para dizer que nossa vida tinha sido muito difícil, que agora estava tudo bem. Que minha mãe tinha acertado na loteria e que todo mundo tinha se formado, mas em carreiras diferentes das que ela predissera. Num determinado momento, pensei que ela ia falar, apenas movimentou os lábios sem conseguir articular nada. Só fez esboçar um sorriso. Fiquei pensando se alguma voz lhe teria dito que ela acabaria assim, em silêncio total. Me despedi e, pela primeira vez, uma voz me disse que eu nunca mais a veria. Morreu meses depois. Fui lá pegar seus pertences, entre eles o Livro negro de são Cipriano. Pregada numa das páginas, uma foto de meu pai de paletó branco, ainda bem jovem e bonito, e em outra a de minha mãe, com os olhos furados.

Fonte:

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Arquivado em O Escritor com a Palavra, Sergipe

Antonio Carlos Viana (1944)

Antonio Carlos Mangueira Viana nasceu em Aracaju/SE, em 1944. 
Contista, tradutor e professor. 
Ainda menino, muda-se com a família para o Rio de Janeiro, e cursa o primário na Escola Pública Guatemala. Tenta a carreira diplomática, sem sucesso. Passou pela Psicologia e acabou ensinando Português, Literatura e Redação. Foi depois para Teresópolis. Lá, para complementar o necessário à sobrevivência, vendia cachorro-quente na porta do INPS
Retornam a Aracaju, em 1955, onde completa os estudos preparatórios. Ingressa, em seguida, no curso de letras com habilitação em francês da Universidade Federal de Sergipe – UFSE, instituição na qual, em 1976, é admitido como professor. Lá coordenou a Oficina de Redação do Departamento de Letras. Desse último trabalho nasce o livro Roteiro de Redação: Lendo e argumentando, da Scipione (participam ainda as professoras Ana Maria Macedo Valença, Denise Porto Cardoso e Sônia Maria Machado).
Chegou a sobreviver fazendo traduções. Sempre estudando, fez mestrado em Teoria Literária, na PUC-RS e doutoramento em Literatura Comparada pela Universidade de Nice, na França.
A estréia no mercado editorial se dá com o livro de contos Brincar de Manja, de 1974.  
De 1989 a 1990, participa do grupo responsável pela implementação do curso de pós-graduação em letras da UFSE. 
Concilia a produção literária com as atividades de docente até 1995, quando se aposenta na universidade e cria, em Aracaju, um curso de redação preparatório.
Coleciona ainda dois importantes títulos: vencedor do Prêmio Esso de Literatura – 1971 e do II Concurso Nacional de Literatura – 1992, promovido pela Prefeitura Municipal de Garibaldi – RS.
Dono de uma prosa concisa e econômica, sobretudo no que concerne a aspectos formais e de estilo, em geral, de tom seco e preciso. Constrói assim narrativas sem excessos e que versam essencialmente sobre a temática da infância, perda da inocência e morte. 
Viana não se considera um “escritor regional”: suas histórias transcorrem tanto no interior nordestino quanto em Paris, reflexo do período em que escritor estudou literatura comparada na França. Sua temática, sombria em princípio, não resvala, no entanto, só para enredos de infelicidade. O que prevalece é a perplexidade quase calma e a poesia discreta dos que se comunicam com poucas palavras e observações precisas.
Livros de sua autoria: 
“Cine Privê, “Brincar de Manja”, “Em pleno castigo”, “Aberto está o inferno”, “O meio do mundo” e “O meio do mundo e outros contos”.
Viana também participou de uma antologia de Os melhores contos brasileiros de 1974, em 1975, e da coletânea Os cem melhores contos brasileiros do século (Objetiva – 2000), seleção de Ítalo Moriconi.
Fontes:
Biografia de AC Viana, por Landisvalth Lima, em Recanto das Letras

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Arquivado em Biografia, Sergipe

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 593)

Uma Trova de Ademar 

Saudade, dor cruciante 
que nos maltrata demais… 
Palavra sempre constante 
nas Trovas que a gente faz! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional 

As paixões são como os ventos 
com efeitos especiais, 
que surgem serenos, lentos, 
depois viram vendavais! 
–Almira Guaracy Rebêlo/MG– 

Uma Trova Potiguar 

Seca: quanta desventura
enche a terra de tristeza!
O homem sofre, mas a cura
vem da própria natureza.
–Mara Melinni/RN– 

Uma Trova Premiada 

2012  –  P/ Uma Vida Melhor/SP 
Tema  –  TREM  –  1º Lugar 

Temperança é uma virtude,
que todos deviam ter!
Tão rara na juventude!
Tão necessária ao viver! 
–Delcy Canalles/RS– 

…E Suas Trovas Ficaram 

Sobre os rochedos medonhos 
dos mares da minha vida, 
foi o batel dos meus sonhos 
que se quebrou na batida!… 
–Aloísio Alves da Costa/CE– 

Uma Poesia 

Viver de fazer poesia 
sempre foi minha rotina, 
acho que herdei do meu “mano” 
esta sacrossanta sina; 
pois quando o verso sai fraco, 
“Macedo” pega o bisaco, 
desse do céu e me ensina… 
–Ademar Macedo/RN– 

Soneto do Dia

AUSÊNCIA DE COR
-Delcy R. Canalles/RS-

É triste o inverno do amor!
As emoções vão-se embora
e o mundo, quase sem cor,
desfalece a cada hora!

Quando chega o desamor
que, às vezes, vem sem demora,
o homem, que é só langor,
fica triste, sofre e chora!

E a Primavera florida,
querendo saudar a vida,
desabrocha em lindas flores!

Mas não basta a natureza,
mostrar-se em sua beleza,
se, na alma, há ausência de cores!

(Menção honrosa Estadual – tema: Cor – III Jogos Florais de Caxias do Sul, 2012)

Fontes:
As mensagens poéticas são elaboradas por Ademar Macedo.
Exceto este último soneto, que inclui audaciosamente (sem consultar o Ademar, pelo horário avançado), adicionado para que o leitor não se sinta desfalcado do conteúdo total das Mensagens Poéticas.

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Arquivado em Mensagens Poéticas

42º Jogos Florais Internacionais Nossa Senhora do Carmo (Resultado Final)

QUADRAS

1º Prémio: Maria de Fátima Soares de Oliveira = Juiz de Fora – MG

2º Prémio: Elen de Novais Felix = Rio de Janeiro – RJ

3º Prémio: Domitilla Borges Beltrame = São Paulo – SP

MENÇÕES HONROSAS:

António Isidoro Viegas Cavaco = Faro, Portugal

Argemira Fernandes Marcondes = Taubaté – SP

Ernesto Silva = Aljezur, Portugal

Florinda da Conceição Dias B. Almeida = Porto, Portugal

Francisca Coelho Graça, Gambelas = Faro, Portugal

Glória Marreiros = Portimão, Portugal

Hermoclydes S. Franco = Rio de Janeiro – RJ

Izo Goldman = São Paulo – SP

João Francisco da Silva = Tiago dos Velhos, Portugal

José Gabriel Gonçalves = Carcavelos, Portugal

Júlio Silva Máximo Viegas = Queijas, Portugal

Maria Amélia Brandão de Azevedo = Estoril, Portugal

Maria José dos Santos C. Afonso = Faro, Portugal

Maria de Lourdes Agapito da Silva = Lisboa, Portugal

Maria de Lourdes T. Amorim = Lisboa, Portugal

Marina Gomes S. Valente = Bragança Paulista – SP

Renato Manuel Bravo Valdeiro = Estremoz, Portugal

Victor Manuel Capela Batista = Barreiro, Portugal

LÍRICA

1º Prémio: …

2º Prémio: Maria Romana Costa Lopes Rosa = Faro, Portugal

3º Prémio: Donzília da Conceição R. Martins = Paredes, Portugal

MENÇÕES HONROSAS:

André Telucazu Kondo = Caraguatatuba – SP

Therezinha de Jesus Lopes = Juiz de Fora – MG

SONETO

1º Prémio: Maria Madalena Ferreira = Magé – RJ

2º Prémio: Glória Marreiros = Portimão, Portugal

3º Prémio: Alba Helena Corrêa = Niterói – RJ

MENÇÕES HONROSAS:

António Isidoro Viegas Cavaco = Faro, Portugal

Dolores Guerreiro Costa = Portimão, Portugal

Judite da Conceição Nunes Higino = Portimão, Portugal

Manuela Odete Barata das Neves = Faro, Portugal

Maria Aliete Viegas Cavaco Penha = Faro, Portugal

Maria Amélia Brandão de Azevedo = Estoril, Portugal

Renata Paccola = São Paulo – SP

GLOSA

1º Prémio: …

2º Prémio: Maria Aliete Viegas Cavaco Penha = Faro, Portugal

3º Prémio: Maria Ruth de Brito Neto = Lisboa, Portugal

MENÇÕES HONROSAS

Alvaro Manuel Viegas Cavaco = Loulé, Portugal

António Isidoro Viegas Cavaco = Faro, Portugal

Manuel Bonfim = Olhão, Portugal

PROSA

1º Prémio: Maria João Lopes Gaspar Oliveira = Coimbra, Portugal

2º Prémio: Gabriel de Sousa = Lisboa, Portugal

3º Prémio: Judite da Conceição Nunes Higino = Portimão, Portugal

MENÇÕES HONROSAS:

Donzília da Conceição R. Martins = Paredes, Portugal

Ernesto Silva = Aljezur, Portugal

Glória Marreiros = Portimão, Portugal

Maria Hortense Jesus C. Maria = Fuseta, Portugal

Maria José dos Santos C. Afonso = Faro, Portugal

– Prémio Casa Museu Professora Maria José Fraqueza

Donzília da Conceição R. Martins = Paredes, Portugal

– Prémio Especial Nossa Senhora do Carmo

Judite da Conceição Nunes Higino = Portimão, Portugal

Maria Amélia Brandão de Azevedo = Estoril, Portugal

Maria Teresa Aguilar = Aljezur, Portugal

– Prêmio Jovem Autor

Yvette Batalha Leite, São Paulo – SP

Fonte:
http://concursos-literarios.blogspot.com 

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Concurso de Contos Paulo Leminski (Prazo: 28 de Setembro de 2012)

Organização:
Unioeste – Campus de Toledo
Prefeitura de Toledo – Biblioteca Pública
Informações e Dúvidas:
concursopauloleminski@toledo.pr.gov.br
biblioteca@toledo.pr.gov.br
Regulamento:
23º CONCURSO DE CONTOS PAULO LEMINSKI – 2012
O evento é uma atividade em parceria entre UNIOESTE /CAMPUS DE TOLEDO e PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE TOLEDO através BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL – CENTRO 
CRONOGRAMA
Inscrição: 15 de junho a 28 de setembro de 2012
Reunião Final da Comissão Julgadora: 29 a 31 de outubro de 2012
Premiação: 23 de novembro de 2012
INFORMAÇÕES
Unioeste – Campus de Toledo – PR – (45) 3379-7091
Biblioteca Pública Municipal – (45) 3252-6225 3055 8790
Correio Eletrônico: biblioteca@toledo.pr.gov.br
concursopauloleminski@toledo.pr.gov.br 
REGULAMENTO DO CONCURSO 
1. O Concurso destina-se a todas as pessoas interessadas; e cada concorrente poderá participar com apenas um trabalho que ainda não tenha sido premiado em outro concurso ou já publicado em livros, coletâneas ou revistas. O tema é livre e a inscrição gratuita. 
2. Consideram-se inscritas as obras entregues sob protocolo ou enviadas pelos correios (com registro A.R.), endereçadas à Unioeste/Campus de Toledo ou à Biblioteca Pública Municipal de Toledo, Paraná, nos seguintes endereços:
2.1 – Unioeste – Campusde Toledo – Fone: (045) 3379-7000; r. 3379-7091 Rua da Faculdade, 645 CEP: 85903-000 Caixa Postal 320 – Toledo – PR 
2.2- Biblioteca Pública Municipal de Toledo Av. Tiradentes, 1165 CEP:85900-230 – Toledo – PR 
3. O conto deverá ser apresentado em 01 (uma) via, escrito em língua portuguesa ou espanhola, digitado em espaço 1,5(um e meio), com fonte Arial, tamanho 12 (doze), de um só lado do papel, e obedecer a um limite máximo de 20 páginas. 
4. Deverá constar, no interior do envelope que contém o trabalho, outro envelope menor (fechado), contendo em seu interior uma folha na qual constem: título do conto, pseudônimo e nome completo do autor; seu endereço, telefone, RG, e-mail e grau de instrução. No entanto, na parte externa desse pequeno envelope, deverão constar apenas o pseudônimo do autor e o título do conto a ser inscrito no concurso. 
NOTA: Por exigência das Agências do Correio o envelope maior deverá constar o nome do remetente, isso não implicará na quebra de sigilo do autor.
5. A Comissão Julgadora será composta por sete membros de reconhecido nível intelectual e acadêmico, sendo sua decisão soberana e irrecorrível, mas o número de integrantes dessa comissão poderá variar, dependendo do número de obras inscritas no evento. 
6. Premiação:
Primeiro prêmio: R$ 1.800,00 – (Hum mil e oitocentos reais);
Segundo prêmio: R$ 1.350,00 – (Hum mil e trezentos e cinqüenta reais)
Terceiro prêmio: R$ 1.000,00 – (Hum mil reais)
Quarto prêmio: (Melhor Conto Toledano): R$ 850,00 – (Oitocentos e cinqüenta reais) 
NOTA: A eventual premiação de trabalho que já tenha sido premiado em outro concurso implicará na obrigatoriedade de devolução do prêmio pelo respectivo candidato. E contos com indícios de plágio serão automaticamente retirados do concurso. 
7. A relação dos contos classificados para premiação e os indicados com menções honrosas será publicada nos órgãos de imprensa da região e nos portais web das instituições promotoras do concurso. Posteriormente, a cada período de cinco anos, os contos serão publicados sob forma de coletânea, reunindo os contos premiados e os que tenham recebido menções honrosas. Por ocasião de seu lançamento, os respectivos autores receberão um determinado número de volumes em seu domicílio, no endereço por eles fornecido. Na última coletânea, 4ª, foram publicados trabalhos do 16º ao 19º evento. 
7.1 Os contos premiados consideram-se propriedade da Unioeste e Prefeitura Municipal de Toledo – Biblioteca Pública Municipal, entidades realizadoras do Concurso de Contos Paulo Leminski, para finalidade de publicação da Coletânea de Contos; e aqueles que tenham recebido menções honrosas serão incluídos nessa coletânea mediante cessão de direitos por seus respectivos autores, por meio de documento legal, no caso de que se viabilize uma edição com a finalidade de venda para subsídio e auto sustentação do próprio concurso. 
7.2 O produto da potencial venda das coletâneas será depositado na conta da Fundação Universitária – Unioeste, mediante acordo com essa entidade; ou na conta da Associação dos Amigos da Biblioteca Pública Municipal de Toledo PR – cujo fundo se destinará exclusivamente para cobertura dos custos de divulgação, comissão julgadora e premiação das subseqüentes edições do Concurso de Contos Paulo Leminski. 
8. O resultado do concurso será divulgado na imprensa e na Internet, nos portais oficiais das instituições promotoras do evento, a seguir: 
9. Para a devolução dos contos, as despesas de postagem serão de responsabilidade do solicitante, devendo para tanto enviar envelope já selado, constando nele os dados do destinatário. O conto estará à disposição de seu autor após a divulgação do resultado do concurso por um período de 30 (trinta) dias; e após este prazo, eles serão incinerados.
10. O encaminhamento dos trabalhos na forma prevista neste regulamento implica na concordância com as disposições nele consignadas.
Fonte:

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Arquivado em concurso de contos, Inscrições Abertas

II Concurso Todoprosa de Microcontos para o Twitter (Prazo: 13 de Julho de 2012, às 13h)

Organização:
Sérgio Rodrigues
Blog Todoprosa
Regulamento:
Em 2010, quando organizei aqui um concurso de micronarrativas em formato Twitter, com 140 toques no máximo, aberto a todos os leitores, prometi uma segunda edição da brincadeira. Chegou a hora de cumprir a promessa.
Como principal inovação do regulamento, o limite caiu de dez para três microcontos por autor. Isso provavelmente vai reduzir o número de textos inscritos, mas ao mesmo tempo – esta é a aposta – elevar a qualidade média. Eis as regras:
1. O microconto deve delinear uma narrativa (história) em 140 toques no máximo.
2. Cada leitor pode inscrever até três microcontos, desde que submeta um por vez.
3. Os contos devem ser inscritos diretamente na caixa de comentários abaixo [desta postagem], identificados pelo nome do autor e com email para contato (este não aparecerá para o público).
Clique AQUI PARA ACESSAR A CAIXA DE COMENTÁRIOS.
4. As inscrições se encerram no dia 13 de julho às 13h.
5. Os três melhores microcontos serão publicados neste blog em forma de post e o resultado, divulgado no Twitter e no Facebook.
6. A comissão julgadora é composta de um homem só, eu mesmo, e suas decisões são soberanas.
O prazo começa a correr agora. Desejo boa sorte a todos os micronarradores. 
Fonte:

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Arquivado em concurso de microccontos, Inscrições Abertas

Pedro Mello/SP (Saudade)


Como um triste passageiro,
descobri, só na partida,
que a saudade é o timoneiro
da Caravela da Vida…
Pedro Mello (SP)

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Silvia Araújo Motta (Caderno de Trovas)


Que pena ver passarinhos, 
em seu lar, engaiolados… 
Cantam SAUDADES dos ninhos 
dos áureos tempos passados. 

Nunca mais vou te esquecer! 
Perfumaste meu CAMINHO, 
pois, fizeste renascer 
a flor do lençol de linho. 

Naquele LENÇOL de linho 
ficou o perfume do amor, 
das carícias, do carinho, 
da saudade, flor da dor. 

Se você não posso ter 
guardarei o seu PERFUME 
na flor que posso colher 
pra não perder o costume. 

A SAUDADE perfumada 
na estrada que não conheço 
vem da flor apaixonada 
dos lençóis que não esqueço. 

Na estrada que já conheço 
tem perfume de SAUDADE, 
pois teu amor não mereço: 
-Só uma sincera amizade. 

A SAUDADE de um amor 
sempre vem e nos tira a paz 
e o bichinho desta dor 
faz coçar, ferida traz.

Sei que a SAUDADE não mata, 
mas sei do que ela é capaz,
traz dor quando o amor desata 
e ao roer, ferida faz. 

Sei que a SAUDADE incomoda 
e até parece infinita 
mas quando o amor volta, 
a roda gira feliz, é bendita. 

SAUDADE traz à presença 
alguém que já foi embora, 
tristeza leva à descrença, 
por isso, nossa alma chora. 

Quando a tristeza me invade 
ponho o sonho no barquinho 
canto o fado da SAUDADE 
e espero o mar de carinho. 

Saudade não tem idade… 
na criança ou mocidade, 
só guarda felicidade 
e vem na MATURIDADE. 

Temos muito que fazer 
para conquistar o amor… 
mas difícil é concorrer 
com quem só tem DESAMOR. 

Só quem teve bons momentos, 
diz o adágio popular, 
tem SAUDADE e, em pensamentos, 
sofre sem poder falar. 

No teu JARDIM do prazer 
plantei sementes de amor, 
mas hoje quero esquecer 
a saudade até da flor. 

Palavras joguei ao VENTO… 
Estão a chorar no espaço! 
-Vou buscá-las! Não agüento 
ficar sem laço e abraço! 

O AMOR põe sonhos reais 
nas asas inquebrantáveis 
não se preocupa com os ais, 
nem com rimas mensuráveis. 

O café com RAPADURA
tem dos médicos receita, 
porque tristeza ele cura 
se é dado à pessoa eleita. 

Eu quis tanto ser feliz… 
que uso máscara de Rei… 
mas o CARNAVAL me diz, 
que em mim, valor eu não dei. 

O mundo dá tantas voltas, 
é pontual numa esfera; 
No verão não tem escoltas, 
traz SAUDADES da galera. 

Outono do Amor? SAUDADE: 
dos prazeres, da delícias… 
Inverno? Infelicidade: 
só por falta das carícias, 

Vivemos juntos a aliança 
de um perfeito CASAMENTO, 
mas nasceu outra criança 
só da amante…Não agüento! 

Autocrítica me alcança, 
bom senso, no pensamento: 
-SAUDADE sem esperança, 
já não permite lamento 

Vou viver sem meu amor, 
porque agora só me resta, 
esperar passar a dor 
que sofri “naquela festa.” 

Trago a lembrança caiada
que deu-me a paz esperada,
mas no SEPULCRO, adornada
a alma vive atormentada.

A esperança chega e canta 
o que o amor quer ouvir, 
na paixão que faz-de-conta 
faz o CORAÇÃO sorrir. 

Toda FLOR marca a presença 
de uma ternura sem par 
e carrega a antiga crença 
do amor que se quer doar. 

A solidão passo-a-passo 
vai deixando-me tristonho… 
já não sei mais o que faço 
para ativar o meu SONHO. 

Ninguém sabe quem tu és, 
nem que te faço RAINHA, 
quando vou aos Cabarés 
por curto tempo…só minha. 

As FLORES da nossa casa 
murcharam, sem primazia; 
a saudade vem e me arrasa 
ao ver a jarra vazia. 

As perdidas ESPERANÇAS 
renascem a cada dia 
porque recolho as lembranças 
e delas faço poesia. 

Eu sinto com tua voz, 
a falar aos meus OUVIDOS, 
que o amor que existe em nós 
já tem frutos conhecidos. 

Está vendo, meu amor, 
aquela ESTRELA a piscar? 
Ela espanta minha dor 
porque brilha em teu olhar.

Fonte:
MOTTA, Sílvia Araújo. A Trova e o Trovador. 2ª ed. Belo Horizonte, MG: 2010.

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Francisco José Pessoa /CE (Lamento da Serra)

Eu sou a SERRA  mãe das aroeiras
Você que passa e nem sequer me vê
Se delicia com a cor do ipê
E com o cheiro vindo de ingazeiras
Com o balançar alegre das palmeiras
Com o chão molhado que me faz mais terra
Foi nosso Deus quem fez e Ele não erra
Um campo vasto de belas gardênias
De cedro angicos Senhor,  peço vênias
Ensine o homem replantar a SERRA.

Vê-se a queimada fogo desumano,
Matando o solo me tornando infértil
Que seja ela o último projétil
Que com furor me atinge todo ano
E vem a chuva pro meu desengano
Pois depois dela vem a construção
De moradia nobre em profusão
Que na justiça faz seus desafio
Enquanto no meu leito os velhos rios
Mudam tristonhos sua direção.

Eu sou a SERRA, outrora verdejante
Que me adornava com pés de café
Nas serranias de Baturité
Foi num passado tempo  não distante
Que meu pedido ecoe retumbante
Cada serrano não se faça omisso
Que todos tenham como compromisso
Salvaguardar meus animais a flora
A cachoeira que sem água chora
A lenta morte deste meu Maciço.

================

A Serra de Baturité é uma formação do relevo cearense, também conhecida como Maciço de Baturité, localizada no centro-norte do Ceará que engloba 13 municípios. Baturité tem uma área verde de 32,9 mil hectares protegida por lei. A pluviosidade é uma das mais altas do Estado (1.088 milímetros por ano).


Inúmeras trilhas e cachoeiras como a do Frade, no Sítio da Volta, Poço das Moças e a do Jordão. 


 Do alto do mirante no Pico Alto, a uma altitude de 1.115m, é possível contemplar vales, montanhas, rios e barragens, e um por do sol fabuloso.


O ecossistema inclui as plantas nativas (eucalipto, pinus, ingá e flores diferentes) e animais (tucanos, curiosidades, cobras e anfíbios) do Atlântico.

Fontes:
Poema enviado pelo autor.
Informações sobre a Serra de Baturité =http://www.hoteis-em-fortaleza.com/serra-de-baturité

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Arquivado em Ceará., geografia, poema.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 592)

 Uma Trova de Ademar 

Fé, palavra pequenina, 
que possui forças tamanhas. 
Quem a tem, se determina 
até a mover montanhas! 
–Ademar Macedo/RN– 

 Uma Trova Nacional 

É contrastante a ironia,
nesta verdade contida:
lindo o entardecer do dia,
triste o entardecer da vida! 
–Gislaine Canalles/SC– 

 Uma Trova Potiguar 

A roça da minha vida 
com muito amor adubei; 
e a safra dela colhida 
com mais amor replantei. 
–Tarcísio Fernandes/RN– 

 Uma Trova Premiada 

2011  –  CTS-Caicó/RN 
Tema  –  PEGADA  –  7º Lugar 

Ela chega e me incendeia, 
mas é ventura fugaz, 
como pegadas na areia 
que a onda vem e desfaz. 
–João Costa/RJ– 

 …E Suas Trovas Ficaram 

Quebrado o grilhão do agravo 
o júbilo então me invade. 
Porém continuo escravo: 
escravo da liberdade. 
–Alfredo Valadares/MG– 

 Uma Poesia 

Com toda a força do peito, 
quero soltar minha voz 
pelos quadrantes do mundo, 
em verso firme e veloz 
que percorra, num só dia, 
o rio da poesia, 
da nascente até a foz. 
–José Lucas de Barros/RN– 

 Soneto do Dia 

M U T A Ç Õ E S. 
–Dorothy Jansson Moretti/SP– 

Longe, no céu tão diáfano e sereno,
as nuvens brincam de fazer figuras;
traçam imagens, erguem esculturas,
vivo painel sobre o horizonte ameno. 

Um cavaleiro em sólida armadura,
na torre de um castelo aguarda o aceno;
além, um monstro a baforar veneno,
aqui, mansa ovelhinha toda alvura. 

Tal como as nuvens o destino é incerto,
em nossa vida as ilusões se agitam,
juntas, no tempo, às horas de amargura. 

Vento que insufla a areia no deserto,
mas cessa, enfim.. e em nossa alma palpitam
os anseios de paz e de ventura.

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Caravana da Leitura (participa da 2ª Feira Literária Infantil de Taubaté – FLIT com livros a 2,00)

O município de Taubaté vive grande expectativa para celebração da segunda edição da 2ª Feira Literária Infantil, organizada pela Secretária Turismo e Cultura de Taubaté, que acontecerá de 30 de junho a 4 de julho de 2012, na Av. da Alegria do Povo Taubateano. 
Na ocasião a cidade abrirá suas portas para um amplo evento cultural que irá reunir muitas atrações que prometem tornar a feira inesquecível.
Dentre as importantes atrações, destaca-se a Caravana da Leitura, que montará sua “tenda” na FLIT e disponibilizará diversas obras literárias dirigidas ao público infantil, juvenil e adulto, pelo valor simbólico de R$ 2,00. O projeto que é coordenado pelo escritor Laé de Souza conta com o patrocínio da ZF do Brasil e não possui fins lucrativos. A ideia da tenda é aproximar as pessoas de forma livre e sem compromisso, permitindo que elas sintam-se parte integrante desse grande movimento em prol da leitura.
Na tenda da Caravana da Leitura uma equipe multidisciplinar auxilia os leitores na escolha das obras e fornece informações sobre os projetos de leitura do grupo. Durante o evento o autor Laé de Souza fará sessões de autógrafos e conversará com os leitores.
Além de a população poder adquirir as obras pelo valor R$ 2,00, professores poderão retirar na tenda, gratuitamente, um kit com 9 livros para serem utilizados na biblioteca de sua escola. No momento da retirada, o professor deverá identificar-se, preencher um formulário de identificação pessoal e da escola. Será disponibilizado um kit por escola.
“A FLIT representa uma oportunidade para que os alunos tenham acesso a diversas atividades literárias, além de fomentar a troca de ideias entre profissionais da educação. O evento, com certeza, trará muitas novidades e oportunidades à população”, diz Laé de Souza.
Sobre a Caravana da Leitura 
O projeto é aplicado desde 2004, em parceria com as prefeituras, apoio do Ministério da Cultura, patrocínio da ZF do Brasil, parceiros e envolvimento de professores. Em 2012 a Caravana da Leitura deverá passar por mais de 40 cidades com previsão de distribuição de cerca de 100 mil livros. 
Sobre o Grupo Projetos de Leitura
O Grupo Projetos de Leitura iniciou seu trabalho em 1998 e tem seus projetos aprovados pelo Ministério da Cultura, além de contar com o apoio de patrocinadores, parceiros e envolvimento dos professores. Com Sede em São Paulo, o grupo atua em todo território nacional desenvolvendo projetos sem fins lucrativos, com objetivo de vencer um dos maiores desafios encontrados pelos professores e amantes da literatura: o hábito da leitura.
Interessados podem conhecer outros projetos de incentivo à leitura, de Laé de Souza e o roteiro da Caravana da Leitura, em “Agenda”, no site http://www.projetosdeleitura.com.br
Fonte:
Laé de Souza

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28º Festival Poético do SESC Cornélio Procópio/PR (Prazo 13 de Agosto)

REGULAMENTO
REALIZAÇÃO
Art. 1º- O Festival Poético é uma promoção do Sesc – Serviço Social do Comércio – integrante do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Rotary Club de Cornélio Procópio, Lions Clube, Prefeitura do Município de Cornélio Procópio, Academia de Letras, Artes e Ciências de Cornélio Procópio (ALACCOP) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
OBJETIVOS
Art. 2º- O Festival Poético tem como objetivos básicos:
• descobrir e incentivar valores;
•oportunizar aos poetas a divulgação de seus trabalhos;
•promover o intercâmbio cultural entre todos os segmentos envolvidos no evento;
•incentivar os declamadores de poesias.
PARTICIPAÇÃO
Art. 3º- Podem participar candidatos de qualquer idade, sendo o enquadramento da faixa etária até a data do término das inscrições, apresentando no máximo 02 (duas) poesias de própria autoria, com o tema livre.
Art. 4º- Categorias
1 – Outras cidades
A – de 7 a 10 anos – misto: 1º ao 4º classificado
B – de 11 a 14  anos – misto: 1º ao 4º classificado
C – Acima de 15 anos – misto: 1º ao 4º classificado
2 – Cornélio Procópio
A – de 7 a 10 anos – misto: 1º ao 4º classificado
B – de 11 a 14  anos – misto: 1º ao 4º classificado
C – Acima de 15 anos – misto: 1º ao 4º classificado
3 – Comerciários 
A – de 7 a 10 anos – misto: 1º ao 4º classificado
B – de 11 a 14  anos – misto: 1º ao 4º classificado
C – Acima de 15 anos – misto: 1º ao 4º classificado
Entende-se como “Comerciários”, os Comerciários e seus Dependentes, assim como empresários do comércio.
IDENTIFICAÇÃO
Art. 5º
Os trabalhos devem ser entregues da seguinte maneira:
1. Com pseudônimo no rodapé dos poemas, sem nenhuma identificação.
2.  Anexar um envelope pequeno e fechado, contendo em seu interior a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada.
3.  No envelope pequeno, deverão estar informados na sua face externa os seguintes itens:
– Categoria “Outras Cidades”: Categoria, pseudônimo, cidade e faixa etária: A,B, ou C.
– Categoria “Comerciários”: Categoria, pseudônimo, cidade e faixa etária: A,B, ou C.
– Participantes de Cornélio Procópio:   
  Estudante: Categoria, pseudônimo, faixa etária: A, B ou C e nome da escola;
 Não estudante: Categoria, pseudônimo e faixa etária: A, B ou C.
INSCRIÇÕES
Art. 6º – As poesias inscritas devem ser inéditas e originais, entendendo-se, por inédita, a poesia que não tenha sido publicada sob qualquer hipótese ou premiada  em outros concursos e, por original, a poesia não plagiada. 
Art. 7º – Para a inscrição da Categoria “Comerciário”, deverá ser enviada a cópia do Cartão do Cliente  atualizado (carteirinha) no interior do envelope de identificação. 
Art. 8º- Serão aceitas as poesias emitidas até o dia 13 de agosto de 2012, sendo válida a data de postagem dos trabalhos encaminhados via correio. As poesias devem ser digitadas em espaço 2 (dois), em papel sulfite (A4), em 5 (cinco) vias e encaminhadas para o seguinte endereço:
Sesc – Cornélio Procópio
Av. Nossa Senhora do Rocio, 696 (Centro)
CEP: 86.300-000 –  Cornélio Procópio – PR
INFORMAÇÕES:
Tel. (43) 3904-1600
e-mail- anamello@sescpr.com.br
Ficha de Inscrição:
Art. 9º- Início das inscrições: 7 de maio de 2012 (segunda-feira)
Término das inscrições: 13 de agosto de 2012 (sexta-feira)
Entrega de premiação: 
Dia: 8 de novembro de 2012 (quinta-feira)
Horário: 19h30
Local: Anfiteatro da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do PR) – Campus: Cornélio Procópio
JULGAMENTO
Art. 10 – Serão premiados os 4 melhores poemas de cada faixa etária da categoria “Outras Cidades”; os 4 melhores de cada faixa etária da categoria “Comerciários” e os 4 melhores de cada faixa etária da categoria “Cornélio  Procópio”, classificados por ordem alfabética dos nomes dos selecionados, por uma comissão composta por 20 membros da área literária.
RESULTADO
Art. 11 – O resultado será divulgado na imprensa local e disponível no site do Sesc PR – http://www.sescpr.com.br,  a partir do dia 10 de setembro de 2012.
PREMIAÇÃO 
Art. 12 – Os poemas premiados farão parte de um “Varal de Poesias” itinerante.
Art. 13 – Os premiados receberão  troféus, certificados e coletânea das poesias classificadas no Festival Poético 2012. 
Art. 14 – Serão premiados com troféus o melhor declamador de cada faixa etária.
Declamador destaque: 07 a 10 anos; Declamador destaque: 11 a 14 anos; Declamador destaque: acima de 15 anos. Para tanto, os poetas que tiverem seus trabalhos selecionados poderão confirmar junto ao Sesc Cornélio Procópio, até o dia 30 de setembro de 2012, se declamarão na noite da premiação. A comissão julgadora, para esta categoria, será composta por no mínimo três componentes.
DISPOSIÇÕES GERAIS  
Art. 15 – Não será exigida, neste concurso, a adaptação do texto às novas mudanças ortográficas, as quais serão utilizadas como critério de seleção para os próximos concursos.
Art. 16 – Os poemas inscritos no Festival Poético não serão devolvidos. 
Art. 17 – Os poetas que fizerem uso de plágio serão imediatamente desclassificados do Festival Poético.
Art. 18  – O poeta, caso classificado, deverá encaminhar uma foto ao e-mail: anamello@sescpr.com.br até o dia 01.out.2012.
Art. 19 – Caberá à Comissão Organizadora resolver os casos omissos no presente regulamento.
Informações: 
Ana Carolina de Azevedo Mello
Assistente de Atividades – SESC Cornélio Procópio
(43) 3904-1607
anamello@sescpr.com.br
Fonte:
LaideSouza. Sesc Maringá.

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Fundação Biblioteca Nacional lança editais de Criação e Circulação Literária

Estão abertas as inscrições para os editais das Bolsas de Criação e Circulação Literária Biblioteca Nacional/Funarte. Ao todo serão oferecidas 30 bolsas para a criação literária na categoria iniciante, em âmbito nacional, no valor de quinze mil reais cada. 
O objetivo é promover o desenvolvimento de projetos de criação de romances, contos, crônicas, novelas e poemas. 
Já para a circulação literária, serão destinadas 20 bolsas no valor de quarenta mil reais, com o intuito de concretizar projetos voltados à promoção e difusão da literatura por meio de oficinas, cursos, contação de histórias e/ou palestras. 
O projeto tem investimento total de um milhão e duzentos e cinquenta mil reais. 
Estão habilitados a concorrer ao edital de Criação Literária pessoas físicas maiores de 18 anos, brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes no país há mais de três anos e que tenham no máximo dois livros de sua autoria publicados com ISBN. 
Os projetos têm seis meses de prazo para serem realizados, e entre as 30 bolsas concedidas serão selecionadas até três obras para publicação via editora FBN.
Fonte:
Câmara Brasileira do Livro

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54. Prêmio Jabuti (Prorrogada Inscrições para 6 de Julho)

Atendendo a pedidos de muitos autores e editores, a CBL decidiu prorrogar as inscrições para a 54ª edição do Jabuti até o próximo dia 6 de Julho. Sendo assim, editores e escritores que ainda não inscreveram suas obras têm tempo para participar. 
Lembrando que pode concorrer qualquer obra inédita editada no Brasil entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011. Para os livros enviados por correio, será observada a data de postagem. 
Um estímulo extra está nos valores dos prêmios para o Livro do Ano (Ficção e Não Ficção), que foram aumentados para R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), cada um.
O prêmio para o vencedor de cada uma das 29 categorias também foi bonificado, passando para R$ 3.500,00. 
O regulamento e a ficha de inscrição estão no site http://www.premiojabuti.com.br. 
Mais informações pelo telefone (11) 3069-1300 ou pelo e-mail jabuti@cbl.org.br.
Fonte:
Câmara Brasileira do Livro

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José Feldman (Devaneios Poéticos n. 30)

Uma Trova do Distrito Federal

Atente bem e me escute:
O homem simples, só fala.
O tolo fala e discute,
Enquanto o sábio se cala.
Miguel J. Malty – DF

Uma Trova sobre a Paz do Rio de Janeiro

A paz é como uma rosa,
A perfumar os caminhos,
Tão bonita e tão bondosa
Mas,  espalhando os espinhos.
Henny Kropf – RJ

Eternamente Drummond

Carlos Drummond de Andrade (MG)
A falta que ama

Entre areia, sol e grama
o que se esquiva se dá,
enquanto a falta que ama
procura alguém que não há.

Está coberto de terra,
forrado de esquecimento.
Onde a vista mais se aferra,
a dália é toda cimento.

A transparência da hora
corrói ângulos obscuros:
cantiga que não implora
nem ri, patinando muros.

Já nem se escuta a poeira
que o gesto espalha no chão.
A vida conta-se, inteira,
em letras de conclusão.

Por que é que revoa à toa
o pensamento, na luz?
E por que nunca se escoa
o tempo, chaga sem pus?

O inseto petrificado
na concha ardente do dia
une o tédio do passado
a uma futura energia.

No solo vira semente?
Vai tudo recomeçar?
É a falta ou ele que sente
o sonho do verbo amar?

Uma Trova de Minas Gerais

Sorria, meu bem sorria!
A natureza te deu
Os encantos deste dia
Pra seres feliz como eu.
Murilo Teixeira

Trova de Concurso 

2012 – III Jogos Florais de Caxias do Sul
Tema: Uva

Tende a viver de amarguras,
como a raposa da lenda
quem acha as uvas maduras,
mas não colhe esta oferenda.
Mário Augusto J. Zamataro (Curitiba/PR)

Um Soneto de Palmital de Saquarema/RJ

Alberto de Oliveira
A Vingança da Porta

 Era um hábito antigo que ele tinha:
 Entrar dando com a porta nos batentes.
 – Que te fez essa porta? a mulher vinha
 E interrogava. Ele cerrando os dentes:

 – Nada! traze o jantar! – Mas à noitinha
 Calmava-se; feliz, os inocentes
 Olhos revê da filha, a cabecinha
 Lhe afaga, a rir, com as rudes mãos trementes.

 Urna vez, ao tornar à casa, quando
 Erguia a aldraba, o coração lhe fala:
 Entra mais devagar… – Pára, hesitando…

 Nisto nos gonzos range a velha porta,
 Ri-se, escancara-se. E ele vê na sala,
 A mulher como doida e a filha morta.

Um Poetrix 

Arte
Dalton Luiz Gandin (São José dos Pinhais/PR)
Meu papel foi natura.
Agora,
eu imprimo cultura.

Uma Trova do Mato Grosso do Sul

Teu olhar, oh doce prece,
Escrita num rosto lindo,
É tão puro! Até parece
Um anjo meigo sorrindo.
Benedito C.G. Lima

Trovadores que Deixaram Seu Nome nas Páginas da História 

Moça insensata e vaidosa,  
Que te exibes na avenida,  
Que importa a veste custosa,  
Se ficas quase despida?
Vital Bizarria [1875-1947] (Arleneiroz/CE)

Nasceu na Fazenda Lagoa de Dentro, município de Arneiroz, no sertão dos Inhamuns, Ceará, em 28 de abril de 1875. 

Além de suas atividades rurais, foi agente dos Correios e inspetor escolar, em Quixadá-CE, foi suplente de Juiz de Direito. Em Fortaleza-CE, foi funcionário municipal, aposentando-se em 1943. 

Homem simples, religioso, cuja religiosidade beirava quase à Inocência. Seus versos falam melhor do que qualquer panegírico. 

É um dos patronos da Academia Tauaense de Letras (Tauá/CE).

Esses dados biográficos foram colhidos da 2ª edição de seu único livro,  pessoal,  íntimo (O título por si já diz “COMIGO”),  editado, pela 1ª vez, em 1935, cujo prefácio, intitulado como “Justificativa”, foi escrito por Antônio Sales (02.junho.1935). Esse singelo livro foi reeditado, em 1997, pelos familiares do Sr. Vital  Bizarria, na passagem do cinqüentenário de sua morte (1947).

Falecimento:02 de setembro de 1947.

Um Soneto de Santos/SP

Carolina Ramos
Seca

O sol delira! Abrasa! A terra, exangue,
abre os lábios sedentos! Sem valia,
os rios secam, veios nus, sem sangue,
sugados pelo solo em agonia!

Pele crestada, passou frouxo e langue,
o retirante segue… tem, por guia,
uma esperança de que o céu se zangue,
lançando sobre a terra a chuva fria!

Chovesse, voltaria ao mesmo beco,
que enfrentar a caatinga é seu destino!
Mas, a chuva não vem… O pranto é seco!

Reza!… O sol, em delírio, mais abrasa!
O céu rubro gargalha! E o nordestino
parte… deixando a própria alma em casa!

Um Haikai do Espírito Santo

Arabescos líquidos
Na vidraça do meu quarto –
Chuva prolongada.
Humberto Del Maestro – ES

Uma Trova de São Paulo

E constrói-se o arranha-céu…
No topo, o pobre operário.
Na copa do seu chapéu, 
O miserável salário.
Arlindo Nóbrega – SP

Vinicius de Moraes, Com Amor

A Floresta

Sobre o dorso possante do cavalo 
Banhado pela luz do sol nascente 
Eu penetrei o atalho, na floresta. 
Tudo era força ali, tudo era força 
Força ascencional da natureza. 
A luz que em torvelinhos despenhava 
Sobre a coma verdíssima da mata 
Pelos claros das árvores entrava 
E desenhava a terra de arabescos. 
Na vertigem suprema do galope 
Pelos ouvidos, doces, perpassavam 
Cantos selvagens de aves indolentes. 
A branda aragem que do azul descia 
E nas folhas das árvores brincava 
Trazia à boca um gosto saboroso 
De folha verde e nova e seiva bruta. 
Vertiginosamente eu caminhava 
Bêbado da frescura da montanha 
Bebendo o ar estranguladamente. 
Às vezes, a mão firme apaziguava 
O impulso ardente do animal fogoso 
Para ouvir de mais perto o canto suave 
De alguma ave de plumagem rica 
E após, soltando as rédeas ao cavalo 
Ia de novo loucamente à brisa. 

De repente parei. Longe, bem longe 
Um ruído indeciso, informe ainda 
Vinha às vezes, trazido pelo vento. 
Apenas branda aragem perpassava 
E pelo azul do céu, nenhuma nuvem. 
Que seria? De novo caminhando 
Mais distinto escutava o estranho ruído 
Como que o ronco baixo e surdo e cavo 
De um gigante de lenda adormecido. 

A cachoeira, Senhor! A cachoeira! 
Era ela. Meu Deus, que majestade! 
Desmontei. Sobre a borda da montanha 
Vendo a água lançando-se em peitadas 
Em contorsões, em doidos torvelinhos 
Sobre o rio dormente e marulhoso 
Eu tive a estranha sensação da morte. 

Em cima o rio vinha espumejante 
Apertando entre as pedras pardacentas 
Rápido e se sacudindo em branca espuma. 
De repente era o vácuo embaixo, o nada 
A queda célere e desamparada 
A vertigem do abismo, o horror supremo 
A água caindo, apavorada, cega 
Como querendo se agarrar nas pedras 
Mas caindo, caindo, na voragem 
E toda se estilhaçando, espumecente. 

Lá fiquei longo tempo sobre a rocha 
Ouvindo o grande grito que subia 
Cheio, eu também, de gritos interiores. 
Lá fiquei, só Deus sabe quanto tempo 
Sufocando no peito o sofrimento 
Caudal de dor atroz e inapagável 
Bem mais forte e selvagem do que a outra. 
Feita ela toda de esperança 
De não poder sentir a natureza 
Com o espírito em Deus que a fez tão bela. 

Quando voltei, já vinha o sol mais alto 
E alta vinha a tristeza no meu peito. 
Eu caminhei. De novo veio o vento 
Os pássaros cantaram novamente 
De novo o aroma rude da floresta 
De novo o vento. Mas eu nada via. 
Eu era um ser qualquer que ali andava 
Que vinha para o ponto de onde viera 
Sem sentido, sem luz, sem esperança 
Sobre o dorso cansado de um cavalo.

Cantinho do Ialmar Pio Schneider

Professor

Lembremos a pessoa de valor,
 neste dia, com muita seriedade,
 que deu à nossa vida qualidade,
 nosso ilustre e abnegado professor…

 Vivemos já desde a mais tenra idade,
 obtendo ensinamentos com amor
 de nossos pais e do batalhador
 mestre-escola, com rara habilidade.

 Depois, ao longo de nossos caminhos,
 vamos seguir quase sempre sozinhos,
 mas com o que ficou em nossa mente.

 Aquelas lições que recebemos,
 eu bem sei que jamais esqueceremos,
 que o ensino é um legado permanente !

Uma Fábula em Versos 

A Raposa e a Cegonha
Jean La Fontaine (França) 

Quis a raposa matreira
Que excede a todas na ronha.
Lá por piques de outro tempo,
Pregar um ópio à cegonha.

Topando-a, lhe diz: “Comadre,
Tenho amanhã belas migas,
E eu nada como com gosto
Sem convidar as amigas.

De lá ir jantar comigo
Quero que tenha a bondade:
Vá em jejum porque pode
Tirar-lhe o almoço a vontade”.

Agradeceu-lhe a cegonha
Uma oferenda tão singela,
E contava que teria
Uma grande fartadela.

Ao sítio aprazado foi.
Era meio-dia em ponto.
E com efeito a raposa
Já tinha o banquete pronto.

Espalhadas em um lajedo
Pôs as migas do jantar
E à cegonha diz: “Comadre,
Aqui as tenho a esfriar.

Creio que são muito boas, —
Sansfaçon, — vamos a elas”.
Eis logo chupa metade
Nas primeiras lambidelas.

No longo bico a cegonha
Nada podia apanhar;
E a raposa em ar de mofa,
Mamou inteiro o jantar.

Ficando morta de fome,
Não disse nada a cegonha;
Mas logo jurou vingar-se
Daquela pouca vergonha.

A dar-me o gosto amanhã
D’ir também jantar comigo”.

A raposa lambisqueira
Na cegonha se fiou,
E ao convite, às horas dadas,
No outro dia não faltou.

Uma botija com papas
Pronta a cegonha lhe tinha;
E diz-lhe: “Sem cerimônia,
A elas, comadre minha”.

Já pelo estreito gargalo
Comendo, o bico metia;
E a esperta só lambiscava
O que à cegonha caía.

Ela, depois de estar farta,
Lhe disse: “Prezada amiga,
Demos mil graças ao céu
Por nos encher a barriga”.

A raposa conhecendo
A vingança da cegonha,
Safou-se de orelha baixa.
Com mais fome que vergonha.

Enganadores nocivos,
Aprendei esta lição.
Tramas com tramas se pagam.
Que é pena de Talião.

Se quase sempre os que iludem
Sem que os iludam não passam.
Nunca ninguém faça aos outros
O que não quer que lhe façam.

Uma Poesia do Porto/Portugal

Alberto de Serpa (1906 – 1992)
Recreio

Na claridade da manhã primaveril,
Ao lado da brancura lavada da escola,
as crianças confraternizam-se com a alegria das aves….

E o sol abre-lhes rosas nas faces saudáveis
A mão doce do vento afaga-lhes os cabelos,
— Um sol discreto que se esconde às vezes entre nuvens brancas…

As meninas dançam de roda e cantam
As suas cantigas simples, de sentido obscuro e incerto,
Acompanhadas de gestos senhoris e graves.

Os rapazes correm sem tino e travam lutas,
Gritam entusiasmados o amor espontâneo à vida,
À vida que vai chegando despercebida e breve…

E a jovem mestra olha todos enlevadamente,
Com um sorriso misterioso nos lábios tristes…

Uma Trova do Pará

Quando jovem e espigado,
Fui das mulheres querido.
Hoje, velho e alquebrado,
Sou por elas preterido.
Sergio Pandolfo

Um Soneto de Arneiroz (CE)

Vital Bizarria
O Avarento
                  
 Vede aquele velhinho esfarrapado  
Que, a custo, se aproxima do avarento  
E, dando à débil voz um triste aceno,  
De fome a se estorcer, pede um bocado.  

Mesmo assim, não inspira o seu estado,  
De piedade o mais leve sentimento;  
Nem lhe presta atenção quem vive atento  
Somente no tesouro acumulado.  

Velhinho, não maldigas tua sina  
Embora que ela seja tão ferina,  
Vivas, embora, tão faminto e nu…  

Tem compaixão do vil que te despreza:  
Volve os olhos aos céus, por ele reza,  
Pois é mais miserável do que tu.

Cantinho do Izo Goldman 

Trova Humorística – parte 4

Tendo o Brasil em tres anos seguidos, tres presidentes cujos nomes principiavam com J: Janio, Jango e Juscelino, surgiu uma quadra, de autor anonimo, que correu o Brasil todo:

Em tres anos, quase nada,
os tres jotas: K, Q, G,
fizeram da pátria amada
esta coisa que se vê!!!

(Fonte: Curso de Trovas 1994 realizado por Izo Goldman no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (SP)

Uma Trova de Santos/SP

Em meus vagares tristonhos,
um repouso, em vão, procuro,
e a caravela dos sonhos
não acha um porto seguro!…
Carolina Ramos

Uma Poesia de Havana/ Cuba 

Eliseo Diego (1920 – 1994)
Vou Nomear as Coisas

Vou nomear as coisas, os sonoros 
cimos que em mim vêem o festejar do vento, 
os portais profundos, os biombos 
cerrados à sombra e ao silêncio. 

E o interior sagrado, a penumbra 
que sulcam os ofícios empoeirados, 
a madeira do nome, a noturna 
madeira de meu corpo quando durmo. 

E a pobreza do lugar, e o pó 
em que apagaram as pisadas de meu pai, 
lugares de pedra decidida e limpa, 
despojados de sombra, sempre iguais. 

Sem esquecer a compaixão do fogo 
na intempérie do solar distante 
nem o sacramento prazeiroso da chuva 
no humilde cálice de meu parque. 
Nem seu estupendo muro, meio-dia, 
terso e anil e interminável. 

Com o olhar imóvel do verão 
meu carinho saberá das veredas 
por onde fogem os ávidos domingos 
e regressam, já na segunda, cabisbaixos. 

E nomearei as coisas tão devagar 
que quando perca o Paraíso de minha rua 
e meus esquecimentos façam dela sonho, 
possa chamá-las de repente com a aurora.

Poesia de Cordel de Santos/SP

Tere Penhabe
Salvem Minha Vizinha

Eu ando preocupada
com uma antiga vizinha
ela é minha xodozinha
mas não estou achando jeito
de encontrar o tal defeito
dessa história encardida
que levou minha querida
nessa enorme depressão
sem comer arroz feijão
nem qualquer outra comida.

Ela é madrugadora
mal o sol vem se chegando
ela já vai levantando
nem faz hora no banheiro
como era costumeiro
para a palavra-cruzada
que gostava da danada
mas abandonou o vício
diz que tem muito serviço
mas não tem serviço é nada.

Os dedos coçam de fato
pra ligar o tal do micro
esse apetrecho bandido
que tá levando a comadre
para onde só Deus sabe
e eu fico aqui a assistir
vendo a pobre se esvair
no meio dessas mensagens
que vem de outras paragens
que lhe faz chorar e rir.

Café da manhã nem toma
gostava de ovo com bacon
e os fazia de tal jeito
que só de ver me danava
sua cozinha procurava
um taquinho eu queria
e ela sempre oferecia
eita trem bom e gostoso
valia por um almoço
o cardápio de abadia.

Mas hoje a pobre coitada
tá entravada nesse vício
na frente do estrupício
nem se lembra de comer
eu e ela só a receber
parecendo mãe-de-santo
e uma coisa eu garanto
isso não lhe dá camisa
não é do que ela precisa
mas falar já não adianta.

Nem namorar ela quer mais
se eu convido pra sair
no baile querendo ir
ela inventa uma desculpa
diz que vai é sentir culpa
se abandonar seus pupilos
com seus xororós e grilos
despenca a escrever poema
que uma moça lhe dá o tema
pra depois enfeitar o bicho.

Eu estou desconsolada
vendo chegar o fim da linha
da minha pobre vizinha
que não merecia isso
que era boa de serviço
boa de cama e cozinha
só eu sei da amadinha
quanto angu já aprontou
com os paqueras que arrumou
antes dessa anomalia.

Se alguém souber de jeito
pra sanar essa quesila
me enviem a apostila
que a comadre não merece
rodeada de tanta prece
acabar nesse entrevero
nessa vida sem tempero
morrer à míngua e de fome
esquecida do que é homem
ela mora aqui no espelho.

Uma Trova de São Paulo

Nós somos duas trapaças
usando a mesma altivez:
– eu finjo que tu não passas…
– tu finges que não me vês…
Izo Goldman

 Modinha 

Frio Manto
Autor Anônimo

I
 Frio manto de estrelas bordado, 
 Vai a noite arrastando no céu. 
 Cai orvalho nas asas da brisa,
 Que em gelado entre flores morreu… } bis

 II
 Na mansão de finados vagava, 
 Triste bardo com a lira na mão… 
 Acha a campa que busca e, sentado,
 Desferiu esta triste canção: } bis

 I
 “Tantos raios de luz há no céu
 E também d’esperança, eu achei
 Os ciprestes e os goivos da campa
 E os restos de um bem que adorei.
 Entretanto, venho aqui debalde,
 Alta noite seu nome invocar;
 Chamam isso loucura na terra,
 E eu chamo constante adorar…

 II
 Uns têm prantos chorados nos olhos,
 Dentro d’alma chorado é o meu,
 E ninguém pode vir enxugá-lo,
 Pois quem sabe só dele sou eu.
 Lá se foi a visão que era nuvem,
 Só não vai este meu padecer!
 Justo céu, se meu mal não me abrandas,
 Vezes mil, eu prefiro morrer!

 III
 Com roupagem de neve abafado
 Desce um anjo da etérea mansão;
 – Se foi, ela, foi Deus que mandou,
 Me tirar dessa negra aflição!…
 Quando o sol de manhã descortina
 Triste cena que faz compungir:
 Um cadáver com a lira na mão
 Era o bardo, pr’a sempre a dormir…”

Nota: Foi assim mesmo. A exacerbação de sentimento romântico deveria necessariamente levar aos excessos dramáticos de que são provas esses dramalhões.

Extraída da série de modinhas anônimas publicadas em Modinhas do passado; investigações folclóricas e artísticas (Rio de Janeiro, 1956). 

Uma Trova de Minas Gerais

Tudo ele faz com amor
e traz o céu na bagagem;
na verdade, o trovador
de Deus na Terra é a imagem
Luiz Carlos Abritta

Um Soneto da Cidade da Guatemala/Guatemala

Miguel Angel Astúrias (1899 – 1974)
Inverno 

Em súplica de vento, sem cautela,
fui atrás de ti, mulher ; em minha presença
transportad por luz azul de estrela
de sentido em sentido até a ausência.

Atravessaste, além, os egoismos
que em silêncio de lágrimas desvelo,
após abismos justapondo abismos,
em minha imensa solidão de gelo.

Como uma aranha grande a chuva tece
com água e vento suas teias móveis.
Que serão, amanhã, quando ela cesse ?
Superfícies de vida sem quebranto,
como serão meus olhos, quando imóveis
tenham chorado já todo o meu pranto ?

Cantigas Infantis 

Castanha Ligeira

É uma roda de meninas, com uma no meio. 
Cantam todas, enquanto passam de mão em mão, sem que veja a do centro, uma castanha:

 Castanha ligeira
 Que vem do Pará
 No meio da roda
 Ninguém te achará
 Roda, castanha
 E torna a rodar
 No meio da roda
 Ninguém te achará

 Enquanto cantam, a menina do meio vai procurando a castanha nas mãos das amiguinhas, até achá-la. 
A que for encontrada com a castanha, passa então a ficar sozinha na roda, na vez seguinte.

Extraída de uma série de cantigas infantis, registradas por Veríssimo de Melo em Rondas infantis brasileiras (São Paulo, Departamento de Cultura, 1953). 

Uma Quadra Popular

Sete e sete são catorze
 Com mais sete, vinte e um
 Tenho sete namorados
 E não gosto de nenhum

Fonte:
seleção por José Feldman
A maioria das trovas foram obtidas em Letras Taquarenses n.40 jul ago 2012. gentilmente cedido por Antonio Cabral.

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Lenda dos Índios Sioux: Touro Bravo e Nuvem Azul

Conta uma lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, um jovem guerreiro, e Nuvem Azul, a filha do cacique, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo…

 – Nós nos amamos… e vamos nos casar – disse o jovem. E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã… alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos… que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?

 E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

 – Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada… 

 Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte dessa aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte… e trazê-lo aqui com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. 

 E tu, Touro Bravo – continuou o feiticeiro – deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!

 Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada… no dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco.

 O velho pediu, que com cuidado as tirassem dos sacos… e viu eram verdadeiramente formosos exemplares…

 – E agora o que faremos? – perguntou o jovem 

 – Agora,disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro… quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres…

 O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram as aves… 

 A águia e o falcão, tentaram voar mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. 

Minutos depois, irritadas pela incapacidade do vôo, as aves arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar.

 E o velho disse:

 – Jamais esqueçam o que estão vendo… este é o meu conselho. 
 Vocês são como a águia e o falcão… se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro… Se quiserem que o amor entre vocês perdure… voem juntos… mas jamais amarrados.

Fonte:
SHINYASHIKI, Roberto. Poder da Solução.

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Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 591)

Uma Trova de Ademar  

A floresta vem sofrendo 
cortes profundos no peito, 
tal qual rio que está vendo 
jogarem lixo em seu leito… 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

O perdão que concedemos 
a cada irmão ofensor, 
são trevas que revertemos 
em luz… em paz… em amor! 
–Luiz Antonio Cardoso/SP– 

Uma Trova Potiguar  

Quanto mais águas mais vidas,
os rios levam pra o mar,
são mãos de Deus estendidas,
para outras vidas salvar.
–Wellington Freitas/RN– 

Uma Trova Premiada  

2000 – Pouso Alegre/MG 
Tema – PASSADO – 1º Lugar 

Eu sinto, com desconforto,
que ainda sou teu vassalo:
nosso passado está morto,
mas não consigo enterrá-lo!
–Wanda de Paula Mourthé/MG– 

…E Suas Trovas Ficaram 

Durante suas andanças, 
Jesus Cristo foi fecundo, 
recolocando esperanças, 
entre as descrenças do mundo. 
–Nilton da Costa Teixeira/SP– 

Uma Poesia  

“Lua você me responda:
Porque é tanto o clarão?
Que dá pra gente encontrar
Um alfinete no chão,
E é tanta essa claridade
Que o amor acha a saudade
Nas ruas do coração.”
–Aldo Neves/PE– 

Soneto do Dia  

PEDRAS… POR QUE NÃO ESTRELAS?
–José Ouverney/SP– 

Sei de um poeta que buscou, um dia,
contando com o aval da medicina,
saber de forma clara, cristalina,
a causa do que há tempos o afligia. 

Feito o check-up ele estancou na esquina:
afeito a compromissos, quem diria
pudesse demonstrar tanta agonia
ao fim de alguns exames de rotina? 

É inconcebível que uma dor patética
ouse afetar essa missão poética
que Deus, logo ao nascermos, nos destina; 

afronta a ética, é assaz ridícula:
poeta não tem pedras na vesícula,
poeta tem estrelas na retina! 

(Numa referência ao poeta Paulo Tarcízio, envolto com exames 
laboratoriais para conferir suas “pedras na vesícula”)

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Concurso Nacional de Poesia de Colatina – 2010/2011 (Resultado Final)

VENCEDORES
1º LUGAR
PESCADOR
Reginaldo Costa de Albuquerque
Campo Grande/MS
2º LUGAR
DESACORDO
André Luiz Alves Caldas Amora
Rio de Janeiro/RJ
3º LUGAR
MUDANÇA
Ileides Joana Mulher
Campo Grande/MS
4º LUGAR
SE EU MORRER
André Telucazo Kondo
Jundiaí/SP
MENÇÃO HONROSA – ORDEM ALFABÉTICA
A CAMINHADA
Ana Cristina Mendes Gomes
São Pedro da Aldeia/RJ
A CANÇÃO PROLETÁRIA
João Elias Antunes de Oliveira
Taguatinga/DF
A CAPTURA
Paulo Franco
Ribeirão Pires/SP
A CIGARRA E O POETA
Zelito Nunes Magalhães
Fortaleza/CE
A MORTE DO POETA
Márcia Regina de Araújo Duarte
Rio de Janeiro/RJ
A PIPA NA ÁRVORE
Elias Araújo
Américo Brasiliense/SP
A SERRA
Valéria Mares Alvares
Belo Horizonte/MG
A VALSA DOS SUICIDAS
Márcio Davie Claudino da Cruz
Curitiba/PR
A VISITA
Banaiote Gazal
Rio de Janeiro/RJ
ALUCINAÇÕES MORTAIS
Breno Del`Santo Fernandes
Colatina/ES
BI-POLARIDADE
Karla Leopoldino Oliveira Freitas
Iúna/ES
CAMINHOS DA MEMÓRIA
Valéria Mares Alvares
Belo Horizonte/MG
CLAMOR DA GOTA
Roque Aloísio Weschenfelder
Santa Rosa/RS
CLASSIFICADOS
Éder Rodrigues
Belo Horizonte/MG
CONVERSÃO
Welton Pinotti Rovetta
Colatina/ES
CRONOS
Tatiana Alves Soares Caldas
Rio de Janeiro/RJ
DA PIEDADE
Lucas Jeyzy Portela
Salvador/BA
DELÍRIOS E DEVANEIOS
José Amalri do Nascimento
Rio de Janeiro/RJ
DIVINA MÚSICA
Marina Gomes de Souza
Bragança Paulista/SP
É LIS A LUZ S`INDA…
Welton Pinotti Rovetta
Colatina/ES
GENTE!
Tainara C de Carvalho
Niterói/RJ
GENTILEZA
Sérgio Bernardo
Nova Friburgo/RJ
GEOMETRIA DO FRACASSO
Felipe Cattapan
Rueschilikon/Zurique – Suíça
HÁ POESIA DE CADA DIA
David Rodrigues da Rocha
Colatina/ES
HAIKASES EM SONETO
Daniel Retamoso Palma
Santa Maria /RS
INANIÇÃO
Sebastião Bonifácio Júnior
Muriaé/MG
INSPIRAÇÃO
Tassiana de Brito Viana Marques
Niterói/RJ
INSPIRAÇÃO
Karla Leopoldino Oliveira Freitas
Iúna/ES
LIDO EM OLHOS DE ME ESQUECER
Daniel Retamoso Palma
Santa Maria /RS
MANHÃ NO MAR
Banaiote Gazal
Rio de Janeiro/RJ
MEDO
Tatiana Alves Soares Caldas
Rio de Janeiro/RJ
NÃO É VOCÊ QUEM COA
Luiz Renato Semin Foloni
São Paulo/SP
NOSSO SILÊNCIO
Nathalia da Cruz Wigg
Rio de Janeiro/RJ
O PRESENTE
Adriana Falqueto Lemos
Serra/ES
O TESEU DA MINHA LISTA
Jaélzia Denise Barreto Crespo Rangel
Campos dos Goytacazes/RJ
OS CÍRCULOS DO TEMPO
Marina Gomes de Souza
Bragança Paulista/SP
OS MINÉRIOS DO POETA
Marcus Vinícius
Rio de Janeiro/RJ
PÁGINA VIRADA
Reginaldo Costa de Albuquerque
Campo Grande/MS
PALAVRA!
Solange Firmino de Souza
Rio de Janeiro/RJ
POEMA DO ANSEIO INFINITO
Ritamar Invernizzi
Bento Gonçalves/RS
REINOS E CAVALOS
João Elias Antunes de Oliveira
Taguatinga/DF
RELÍQUIAS
Sérgio Bernardo
Nova Friburgo/RJ
RETORNO
Edson Luiz Schenider
Araçatuba/SP
ROMANCE
Tainara C de Carvalho
Niterói/RJ
RUAS
Ricardo Maggessi Viola
Lambari/MG
SER MÃE
Ney Teixeira
Mogi das Cruzes/SP
SÓ EM VOCÊ CONSIGO ME ACHAR
Thiago José Rodrigues de Paula
Barbacena/MG
SÓCRATES E O PROFESSOR
Maria Aparecida S Coquemala
Itararé/SP
SOLITÁRIO
Esmerino Rodrigues Júnior
Rio de Janeiro/RJ
SUBMERGIDOS
Edgley Silva Gonçalves
São Paulo/SP
SÚPLICA AO VENTO
Aline Helen Viana Costa
Colatina/ES
TAÇAS VAZIAS
André Telucazo Kondo
Jundiaí/SP
TEXTO BIZZARO
Rodrigo José Pausen
Colatina/ES
TRISTESSE
Márcio Davie Claudino da Cruz
Curitba/PR
VACINA
Maria Aparecida S Coquemala
Itararé/SP
VOU PROCURAR DORMIR
Mário Luiz Pereira Monteiro de Barros
Ecoporanga/ES

Fonte:
 http://concursos-literarios.blogspot.com 

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VII Concurso Rubem Braga de Crônicas (Resultado Final)

VENCEDORES


1º LUGAR
Mulher ao livro
Rui Werneck de Capistrano – Curitiba – PR

2º LUGAR
.. E a vida acontece
Marcelo César da Silva – São João Del-Rei – MG

3º LUGAR
Andarilho
Thiago Oliveira de Carvalho – Rio de Janeiro – RJ

MENÇÃO HONROSA 

Números alienígenas
Lucêmio Lopes da Anunciação – Natal – RN

O peso de um sonho
André Telucazu Kondo – Caraguatatuba – SP

Magrela
Sérgio de Barros Prado Moura – Ponta Verde – AL

Porta-retratos da vida
Carmen Sylvia C. Oliveira Macedo – Porto Alegre –RS

O olhar que se perdeu
João Lisboa Cotta – Ponte Nova – MG

A crise moral
Alcir de Melo Pimenta – Campo Grande – RJ

Quem sou eu?
Geraldo Peres Generoso – Ipaussu – SP

O filatelista
Renato Vieira Ostrowski – Campo Magro – PR

Uma emuitas
Vânia Aparecida Mattozo – Florianópolis – SC

Viagem ao ontem
Athalidia Depes Bueno – Cabo Frio – RJ

Indignação
Antonio Jorge Barbosa – Salvador – BA

Avós
Fernanda Carvalho de Almeida – Fortaleza – CE

Vazio existencial
José Anaildo Soares – Caruaru – PE

Em busca do fim
Araí Terezinha B. dos Santos – Campo Largo – PR

Antigamente
João Carlos de Oliveira – Teixeira de Freitas – BA

Um homem indelicado
Rosângela Vieira Rocha – Brasília – DF

Aprendendo c/o pequeno homem
Ricardo Francisco de Camargo Chagas – Ivaiporã – PR

Crônica da paz
Vera Maria Puget Blanco Bao – Rio de Janeiro – RJ

Um simples toque
Irede Inês Masiero Farenzena – Veranópolis – RS

A Justiça exposta em vitrines
André Luís Soares – Guarapari – ES

DESTAQUE

Memórias…
Darly O. Barros – São Paulo – SP

Autobiografia
Maria Apparecida S. Coquemala – Itararé –SP

Crônica
Rafael Alvarenga Gomes – Cabo Frio – RJ

Mosaico Sérgio Sampaio
Ricardo Maggessi Viola – Lambari – MG

Reato
Rachel Queiroz Zuliani – Anchieta – ES

Pernilongo
Hudson Okada – São Paulo – SP

Pescar
Dirceu Badini Martins – Nova Friburgo – RJ

Arte e vida Severina
Tarlei Martins Ferreira – Brasília – DF

O retorno
Paulo Afonso Correia de Paiva – Recife – PE

A hora do pega-pega
Diogo Maluf de Souza V.de Faria – BeloHorizonte-MG

As velhas figueiras do meu bairro
Pedro Diniz de Araújo Franco – Rio de Janeiro – RJ

Sem quintal, com sótão. Para…
José de Jesus Cordeiro Andrade – São Luís – MA

Futuro leitor
Severino Rodrigues da Silva – Paulista – PE

Lugar dos sonhos
Raquel Zampirolo Santos – Cachoeiro de Itapemirim-ES

A chave perdida
Cassiano Gilberto Santos Cabral – Porto Alegre – RS

12 graus
Maurício Fregonesi Falleiros – Ribeirão Preto – SP

Crônica da ficção e da realidade
Heloisa Helena de Campos Borges – Goiânia – GO

O que cavalga por dentro…
Cláudio Alves da Silva – São João de Meriti – RJ

O prestador de serviços gerais
Tânia Teresinha Lopes – Santa Maria – RS

O ouvido de meu pai
Francisco Carlos Farias Trigueiro – Rio de Janeiro – RJ

* Lembramos aos autores que os textos premiados podem ser enviados para publicação no hhtp://textospremiados.blogspot.com 

Fonte:
Enviado por e-mail pela Academia Cachoeirense de Letras para http://concursos-literarios.blogspot.com 

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FEMUP – Festival de Música e Poesia de Paranavaí (Prazo: 24 de Agosto de 2012)

Organização:
Prefeitura de Paranavaí
Fundação Cultural


Informações e Dúvidas:
(44) 3902-1128
cultura@fornet.com.br

Regulamento:

01 – DA PROMOÇÃO
O FEMUP é uma promoção da Prefeitura de Paranavaí através da Fundação Cultural.

02 – DA REALIZAÇÃO
O Festival será realizado nos dias 16 e 17 de novembro de 2012 a partir das 20h no auditório do Teatro Municipal Dr. Altino Afonso Costa, em Paranavaí-PR.

03 – DOS OBJETIVOS
Promover e intensificar intercâmbios de natureza artístico-cultural, além de descobrir e valorizar novos talentos.

04 – DAS MODALIDADES
MÚSICA, POESIA E CONTO.

05 – DAS INSCRIÇÕES

a) PODERÃO INSCREVER-SE TODOS OS ARTISTAS RESIDENTES OU NASCIDOS EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL;

b) Inscrições abertas até o dia 24 de agosto de 2012. AS INSCRIÇÕES SÃO GRATUITAS;

c) Cada autor poderá inscrever SOMENTE 01 TRABALHO INÉDITO, por modalidade;

d) Para inscrições na fase Regional, TODOS os envolvidos na obra inscrita deverão residir nas cidades que compõem a Regional de Cultura da AMUNPAR (a relação das cidades está no final deste regulamento). Todos os trabalhos concorrerão em nível nacional.

06 – DO ENVIO DOS TRABALHOS

a) SERÃO ACEITOS SOMENTE VIA E-MAIL.
Os trabalhos deverão ser enviados para: femup@hotmail.com
(TODOS OS TRABALHOS DEVEM SER INÉDITOS NO FESTIVAL, OU SEJA, NÃO PODERÃO TER SIDOS SELECIONADOS EM OUTRAS EDIÇÕES DO FEMUP).

 MÚSICA: A letra da música deve ser no idioma português;
Deverão ser anexados ao e-mail: Música em MP3; Letra da música no formato word; Ficha de inscrição devidamente preenchida no formato word.

 POESIA: Não há limite de páginas. Formatação livre;
Deverão ser anexados ao e-mail: Letra da poesia no formato word; Ficha de inscrição devidamente preenchida no formato word.

 CONTO: Não deverá exceder a 10 (dez) páginas.
FORMATAÇÃO: FONTE ARIAL, TAMANHO 12; Deverão ser anexados ao e-mail: Letra do conto no formato word; Ficha de inscrição devidamente preenchida no formato word.

ATENÇÃO!!!

AS OBRAS NÃO DEVERÃO CONTER O NOME DO ARTISTA. O NOME E DEMAIS DADOS DEVERÃO CONSTAR SOMENTE NA FICHA DE INSCRIÇÃO.

07 – DO JULGAMENTO DOS TRABALHOS
Serão formadas Comissões Julgadoras específicas para cada modalidade e suas decisões serão irrecorríveis.

08 – DA CLASSIFICAÇÃO
24 Músicas: 12 da fase Regional e 12 da fase Nacional;
12 Poesias: 03 da fase Regional e 09 da fase Nacional;
08 Contos: 03 da fase Regional e 05 da fase Nacional.

09 – DAS APRESENTAÇÕES
Dias 16 e 17/11/2012
 Leitura dramática dos contos
 06 músicas da fase Regional
 06 músicas da fase Nacional
 06 poesias (Declamação)

10 – DAS DECLAMAÇÕES
 Os declamadores serão escolhidos pela Fundação Cultural, através do 19º Festival Zé Maria de Declamação;
 A declamação não poderá exceder o tempo máximo de cinco minutos e, para tanto, será permitida a fragmentação da poesia.

11 – DA PREMIAÇÃO (A TODOS OS SELECIONADOS.)
 Troféu “Barriguda”;
 Músicas, poesias e contos – Fase nacional: R$ 1.000,00;
 Músicas, poesias e contos – Fase regional: R$ 500,00;
 Declamação: R$ 500,00;
 10 antologias FEMUP/2012;
 01 CD FEMUP/2012/Músicas/Regional;
 01 CD FEMUP/2012/Músicas/Nacional;
 01 CD FEMUP/2012/Poesias;
Será oferecida hospedagem e alimentação a todos os selecionados que não residam em Paranavaí.

12 – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
 FICA VEDADA A PREMIAÇÃO EM DINHEIRO AO ARTISTA QUE NÃO COMPARECER AO FESTIVAL;
 Artistas da Regional de Cultura que forem selecionados na Fase Nacional, receberão premiação em dinheiro referente a Fase Regional;
 A Fundação Cultural oferecerá Banda de Apoio a todos os músicos selecionados para o Festival;
 Os documentos inscritos não serão devolvidos;
 Vedada a inscrição ao festival subsequente ao artista que provocar tumulto, de qualquer ordem, durante o evento;
 Na modalidade música é vedada a utilização de play-back ou qualquer recurso de programação musical, digital, eletrônica, etc., no momento da apresentação;
 Cabe à Comissão Organizadora do Festival responder pelos casos omissos neste regulamento.

CIDADES QUE COMPÕEM A REGIONAL DE CULTURA DA AMUNPAR
Paranavaí, Alto Paraná, Amaporã, Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Guairaçá, Inajá, Itaúna do Sul, Jardim Olinda, Loanda, Marilena, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Londrina, Paraíso do Norte, Paranapoema, Planaltina do Paraná, Porto Rico, Querência do Norte, Santa C. do M. Castelo, Santa Izabel do Ivaí, Santa Mônica, Santo Antônio do Caiuá, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, São Pedro do Paraná, Tamboara e Terra Rica.

Informações:
(44) 3902-1128
cultura@fornet.com.br
http://www.novacultura.com.br

Regulamento e Ficha de Inscrição:
http://bit.ly/arquivos_FEMUP

Fonte:
http://concursos-literarios.blogspot.com 

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Efigênia Coutinho (Queixumes)

Versos apaixonados ao som duma lira
O amor, com doçura leva meu canto;
Pelos olhos azuis, que te desejam tanto
Derretendo o coração, soluça e suspira.

Audaz sonhadora, essa que aspira
Dos teus mimos, o sonho, a ventura,…
Infundi-me em extremos de ternura,
Sentimentos que ao tempo perdura.

Dizes para não amar! Eu clamo e amo,
Bradando lamentos, lágrimas derramo…
Onde deixaste os sonhos do amor?…

Contudo, em mim, o amor perdura
Ao celeste céu, por benignos lumes,
Amando, com ardor, teus queixumes. 

Fonte:
A Poetisa

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Concurso de Trovas Campos dos Goytacazes (Resultado Final)

Os vencedores estão em ordem alfabética 

VENCEDORAS – TEMA: FUTURO

JOGOS FLORAIS – DIAS 17, 18 e 19 DE AGOSTO


Na infância há sempre um futuro
para o bom semeador,
porque não há solo duro
para as sementes do amor…
ALBA CHRISTINA CAMPOS NETTO/SP

Densas nuvens ameaçam
o futuro da criança.
– Mais que as da chuva, que passam,
as nuvens da insegurança.
ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS/PR

Minha visão de futuro
faz projeções que eu receio:
– Não quero o mundo um monturo,
e eu… parte desse recheio!
DARLY O. BARROS/SP

O construtor previdente,
na labuta, dando duro,
com tijolos do presente
edifica o seu futuro.
DULCIDIO DE BARROS MOREIRA SOBRINHO/MG

Felicidade almejada,
no meu futuro eu diviso:
-Em teus olhos, a alvorada;
no teu corpo, o paraíso.
ELIANA RUIZ JIMENEZ/SC

Viver por viver somente,
faz teu mundo tão perjuro,
que este teu falso presente,
é o presente do futuro.
FRANCISCO GARCIA DE ARAÚJO/RN

Eu posso ver meu futuro
nas estrelas a brilhar,
não no céu, que é tão escuro,
mas no azul do teu olhar.
HEGEL PONTES/MG

Minha vida é sem futuro,
pois sou um plebeu, convenho;
porém nos teus braços, juro,
ninguém tem mais do que tenho!…
JOSÉ TAVARES DE LIMA/MG

No presente, ora, inseguro,
fico em meu sonho ancorado…
como pensar no futuro,
se, estou tão preso ao passado?
JOSÉ VALDEZ C. MOURA/SP

Sonhei, com ele, em criança…
Hoje, estou velho… e asseguro
que ainda tenho esperança
e sonho com o futuro.
THEREZINHA DIEGUEZ BRISOLLA/SP

TROVAS VENCEDORAS
TEMA SORRISO

Sorriso é vida… eu garanto:
sorria, pois, à miúde,
o seu rosto ganha encanto
e, seu corpo, mais saúde!
ALBA HELENA CORRÊA – Niterói/RJ

A alegria que aparece,
num sorriso de criança,
mostra a vida que floresce
e nos enche de esperança ! 
ALMIR PINTO DE AZEVEDO – Cambuci/RJ

Céu de estrelas pontilhado…
Sol generoso e calor, 
seu sorriso pontilhado
é meu caminho de amor!
DIRCE MONTECHIARI – Nova Friburgo/RJ

Um sorriso de criança
e o desabrochar da flor
trazem ao mundo esperança,
sob a inspiração do amor!
JOTA DE JESUS – Saquarema/RJ

Um sorriso deve ser
aberto, alegre e sincero,
vê-lo em você florescer
é tudo que sempre quero.
MARIA DO ROSÁRIO PRATA/RJ

A meiguice da criança
serve-lhe de proteção,
pois o seu sorriso amansa
o mais feroz coração…
LUIZ CARLOS DE CARVALHO – Niterói/RJ

Uma lágrima sentida
sempre chega sem aviso,
mas para alegrar a vida,
basta apenas um sorriso.
LUIZ POETA – Marechal Hermes/RJ

Nos meus sonhos mais precisos
tento vencer a distância,
para encontrar os sorrisos
que alegraram minha infância…
MARIA NASCIMENTO – RJ

Quantos sóis serão precisos
para espargir tantos brilhos
como os que vêm dos sorrisos
dos filhos de nossos filhos!
SANDRO PEREIRA REBEL – Niterói/RJ

Quando me abraça a saudade
e em sorriso, diz: – Bom dia!
Eu sinto que é falsidade,
seu gesto de cortesia.
SONIA MARIA SOBREIRA DA SILVA – Jacarepaguá/RJ

Fonte:
Neiva Fernandes
Presidente da UBT de Campos dos Goytacazes

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Carlos Eduardo Novaes [O Day After do Carioca (Ou: O dia em que o Rio de Janeiro Derreteu)]

Aparentemente aquele dia amanheceu igual a todos os outros do mês de janeiro. Céu azul, lavado, um sol forte e musculoso ainda se espreguiçando, uma promessa de calor. Manhã sob medida para turistas, estudantes em férias e desempregados. O Rio, quando quer, sabe como nenhuma outra cidade se enfeitar para o verão. D. Odete Araújo abriu a janela de sua casinha em Bangu e girou a cabeça como se tentando perscrutar o tempo. Viu um cidadão parado na calçada segurando um cigarro. A fumaça do cigarro subia em linha reta, parecia traçada a régua. Não havia a mais leve brisa no ar. D. Odete respirou fundo, passou as costas da mão na testa gotejante e comentou com a vizinha:

 — Acho que hoje chegaremos aos 45 graus.

 Os moradores de Bangu entendem mais do que todos de altas temperaturas. A vizinha deu de ombros. Um grau a mais ou a menos não faz diferença neste inferno suburbano. Na véspera, os termômetros de Bangu acusaram 44.8 graus, quebrando os recordes dos anos de 84, 85, 86 e 87. D. Odete comentou num tom cabalístico que aquele era o 13º dia consecutivo que o Rio se debatia com uma febre de 40 graus.

 No Centro da cidade, um movimento típico das manhãs de verão. As pessoas procurando as sombras, procurando os bares, procurando diminuir o ritmo. Nada de anormal. O contínuo Ademar Ferreira, porém, percebeu o termômetro digital, que uma hora antes acusava 43 graus, agora marcando 48. O amigo, com quem conversava numa esquina da Avenida Rio Branco, disse que os termômetros estavam de miolo mole. Ontem vira um marcando 54 graus. Ademar continuou conversando, tornou a olhar o termômetro: 49 graus. Notou certa inquietação no ar. Os transeuntes se mexiam mais, tiravam o paletó, afrouxavam a gravata: 50 graus. Outras pessoas começaram a perceber a escalada dos termômetros. O calor aumentava: 51 graus. Um grupo preocupado se reuniu em torno de um orelhão e ligou para o Serviço de Meteorologia. O que está acontecendo? Os cientistas admitiam que a temperatura subia. vertiginosa, mas desconheciam as razões. Estavam acompanhando uma frente fria encalhada na Patagônia.

 As pessoas se aglomeravam diante dos termômetros como se acompanhassem o movimento de apostas no Jóquei: 53 graus. As expressões revelavam medo e tensão. O calor tornava-se escaldante. Era como se tivessem ligado o forno da Rio Branco: 55 graus. Não dava mais para ficar exposto ao sol. As pessoas procuraram proteção embaixo das marquises. Muitas, nervosas, se refugiavam em lojas e escritórios com ar condicionado: 56 graus. Um bando de honrados cidadãos invadiu uma loja de eletrodomésticos:

 — Liguem os ventiladores, pelo amor de Deus! — Infelizmente vendemos todos — respondeu o vendedor, torcendo o lenço empapado de suor.

 Na Zona Sul o pânico se alastrava como um rastilho de pólvora. Edevaldo Santos, vendedor de picolés na praia, notou que algo estranho acontecia quando abriu a caixa de isopor e viu os palitos boiando num caldo de sorvete: 60 graus. Não dava mais para atravessar a areia quente. Quem ficou na praia já não podia sair. Dois helicópteros procuravam transportar os banhistas. Primeiro, velhos e crianças! A praia, como a cidade, já estava sob o império do caos, apesar das rádios e televisões pedirem calma à população. A corda que pendia dos helicópteros era disputada a tapa: 65 graus. Faltava ar, a garganta secava, o corpo parecia incandescente. A estudante Luísa Coelho lembrou-se de Joana D’Arc. Teve início a invasão de bares, restaurantes, supermercados. Todos corriam às prateleiras de bebidas. Água, refrigerantes, cerveja, vinho, champanhe, qualquer líquido. Tinha gente bebendo Pinho-Sol.

 O trânsito enlouqueceu de vez. Os motoristas abandonavam seus carros nos congestionamentos. Os ônibus eram largados em qualquer lugar. Os veículos transformavam-se em fornos crematórios: 74 graus. Os pneus começaram a derreter. Nas ruas as pessoas iam se desfazendo das roupas. Vários executivos foram vistos se esgueirando pelos cantos, de cueca, meias e pasta. Começou a invasão dos apartamentos com ar condicionado. Eles viraram uma espécie de abrigo nuclear. Só na minha sala havia 67 pessoas se empurrando para botar a cara na frente do aparelho: 80 graus. De repente ouviu-se um ruído e logo o silêncio do ar-condicionado. A cidade ficara sem energia. O calor derreteu os cabos da Light. O sol esquentava os vidros e o concreto dos prédios. Era insuportável o calor nos apartamentos. A população desesperada saiu às ruas à cata de sombras. Num poste em Madureira havia 23 pessoas espremidas e perfiladas ao longo de sua tira de sombra: 84 graus!

 Os carros dos Bombeiros circulavam pelas ruas com um restinho de água molhando a população. “Aqui, aqui! Joga aqui antes que eu pegue fogo!” Os chafarizes da cidade. estavam mais cheios do que trem da Central. Milhares de. pessoas mergulhavam na Lagoa Rodrigo dA Freitas. Só que esta, como as outras lagoas da cidade, secava rapidamente. As poucas matas pegavam fogo. As ruas de terra rachavam ao melhor estilo nordestino. O asfalto começou a borbulhar. Ploft! A cidade se transformava num caldeirão: 88 graus. No cais do porto os marinheiros se atiravam do convés como se os navios estivessem naufragando. No Santos Dumont um avião da Ponte-Aérea, ao invés de levantar vôo, embicou dentro d’água. O piloto foi aplaudidíssimo pelos passageiros.

 A temperatura estava em torno dos 94 graus. No Sumaré as antenas das emissoras de televisão adernavam, desmaiando lentamente. O Pão de Açúcar começou a derreter como um sorvete de casquinha. Uma mancha escura se espalhava pelo mar. No meio, boiando, o bondinho com turistas americanos fotografando tudo. Outros morros também derretiam. O Dois Irmãos, para surpresa geral, entrou em erupção. A estátua de Cristo tinha desaparecido do alto do Corcovado. Dizem que, quando o morro começou a desmanchar, Ele saiu voando com seus braços abertos. Todo mundo já estava tendo visões e alucinações. Nas calçadas da Visconde de Pirajá — lado da sombra — as pessoas se arrastavam aos gritos de “água, água”. Eram inúmeras as miragens. O pipoqueiro Manuel de Souza jura que viu as Sete Quedas na Praça Nossa Senhora da Paz.

 As 17h12min, por fim, o sol começou a perder a força. As pessoas, ainda desconfiadas, foram saindo de dentro das geladeiras, freezers, frigoríficos. Nas câmaras frigoríficas da Cibrazem — contou-se … — havia 12 mil 344 pessoas. Uma sensação de forno quente pairava sobre o Rio. Somente à meia-noite os termômetros voltaram ao normal: 40 graus. Terminara o efeito-estufa, deixando um rastro de dor e destruição. Não havia uma única gota d’água na cidade. Fomos dormir e no Day After, como não havia trabalho, saímos todos para a praia. Pois creiam: no meio do comércio de sanduíches naturais, chapéus, cocadas, óleo para bronzear, o diabo, já tinha nego vendendo um aparelhozinho para dessalinizar a água do mar.

Fonte:
Carlos Eduardo Novaes. O Day After do carioca. RJ: Ed. Nórdica, 1985.

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Arquivado em O Escritor com a Palavra, Rio de Janeiro

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 590)

Uma Trova de Ademar
Eu oculto as tristes cenas
dentro da minha poesia.
É mais um disfarce apenas
dos que eu uso todo dia…
–Ademar Macedo/RN–
Uma Trova Nacional
As prefeituras gastando

altas somas no São João
e o sertanejo lutando
contra a seca no sertão.

–Petronilo Filho/PB–
Uma Trova Potiguar
Junta-se o poeta aos loucos;
um diário vivo em versos,
expressando como poucos
os sentimentos diversos.
–Manoel Cavalcante/RN–
Uma Trova Premiada
2009 – Cantagalo/RJ
Tema – SERTÃO – 3º Lugar
Quem não tem medo da morte,
quem nunca faz nada em vão,
quem, antes de tudo é um forte…
Este é o homem do sertão!

–Renato Alves/RJ–

…E Suas Trovas Ficaram
No universo da poesia

desejei veredas novas,
e encontrei o que eu queria,
ao lançar o anzol nas trovas!

–Enivaldo Borges/SP–
Uma Poesia  
Fez o poeta Ademar
uma bela moradia,
porém fez contrariando
as normas da engenharia;
em vez de ferro e cimento,
paredes de sentimento
recobertas de poesia!…
–Luiz Dutra/RN– 
Soneto do Dia
 SONETO ANTIGO.
–Reginaldo Albuquerque/MS–
Aquela vez por distração, Senhora,
deixaste um par de luvas num banquinho,
por dentro seda e um fino azul por fora…
Recordação de ti que ao peito aninho.
Foi quando ouviste no quintal vizinho,
sobre a relva molhada pela aurora,
tristes queixas de implume passarinho,
esse mesmo que está cantando agora…
Pouco depois, em cima de um barranco,
que gesto! Erguias o bracinho branco
entre os galhos, até ao lar querido…
Mais que tudo, que tua compaixão
era o modesto encanto da porção
de pernas que escapava do vestido…

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Concurso dos Projetos de Leitura nas Escolas vai até o Dia 30 de Junho

Os alunos participantes dos projetos “Ler é Bom, Experimente!” e “Minha Escola Lê” poderão ter os seus textos escolhidos para compor uma coletânea que será editada com as melhores crônicas escritas pelos estudantes.
Participarão do processo de seleção os textos indicados pelos professores e que forem enviados ao “Projetos de Leitura” até o dia 30 de junho de 2012. 
      
O livro, que é o quarto da série, com as melhores crônicas dos estudantes participantes dos projetos de leitura, tem o lançamento previsto para 11 de agosto de 2012, no estande do “Projetos de Leitura”, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, com a presença de Laé de Souza e estudantes autores dos textos selecionados para a obra.      
      
Prepare-se para essa grande festa e incentive os seus alunos a participar desse trabalho que tem como objetivo criar o envolvimento com a leitura e escrita, estimular a articulação textual, desenvolver o senso crítico, descobrir novos talentos literários e resgatar a autoestima dos alunos da Rede Pública de Ensino. 
Para que o aluno concorra a participação na obra é necessário que a escola esteja participando de um dos projetos: “Ler é Bom, Experimente!” ou “Minha Escola Lê”, e que o professor envie ao “Projetos de Leitura” o texto selecionado, de sua classe, até o dia 30 de junho de 2012.
Informações:
Projetos de Leitura (11) 2743-9491 – 2743-8400
 www.projetosdeleitura.com.br 
Fonte:
Laé de Souza

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1º Concurso de Contos de Ituiutaba – Águas do Tijuco (Prazo 06 de Agosto )

Organização:
Fundação Cultural de Ituiutaba
Informações e Dúvidas:
concursodecontosaguasdotijuco@yahoo.com.br
Regulamento:
A Fundação Cultural de Ituiutaba, com o objetivo de promover a literatura nacional, vem através deste tornar públicas as normas para a participação no 1º CONCURSO DE CONTOS DE ITUIUTABA “ÁGUAS DO TIJUCO”.
REGULAMENTO
1. DO CONCURSO
1- A Fundação Cultural de Ituiutaba será responsável pela elaboração do regulamento, organização do concurso, indicação da Comissão Organizadora e Comissão Julgadora, divulgação dos resultados e pagamento da premiação.
2- Os trabalhos de seleção e habilitação dos contos aptos à participação dar-se-ão por intermédio de Comissão Organizadora Paritária, composta por 05 (cinco) membros, representantes da Fundação Cultural de Ituiutaba, representante do conselho curador e cidadãos de notório conhecimento literário.
3- O concurso dará ênfase a um único gênero literário: o conto.
4- A participação do concurso implicará na concordância automática do participante com todas as cláusulas desse regulamento.
5- Cada escritor poderá participar com apenas um conto e sem limite de páginas.
6- Do concurso poderão participar brasileiros residentes em qualquer estado da federação e egressos de território internacional, abstendo-se de participar membros da comissão organizadora, comissão julgadora, bem como servidores da Fundação Cultural de Ituiutaba direta ou indiretamente envolvidos na organização.
2. DOS TEXTOS
1- É vetada a participação de obras que já tenham sido, anteriormente, premiadas ou tenham recebido menção honrosa em outros concursos literários, sob pena de inabilitação.
2- A Formatação dos textos deverá ser digitada em folha A4, corpo 13, espaço 1,5 (entrelinhas) e fonte Arial, impressos na face frontal da página, devendo as subseqüentes, caso hajam, estar numeradas e grampeadas.
3- Fica proibido o envio de capa, ilustrações, fotografias, prefácios, dedicatórias, agradecimentos ou quaisquer caracteres que possibilitem a identificação do escritor participante;
3. DAS OBRAS INSCRITAS
1. A comissão organizadora analisará, selecionará e encaminhará os originais para a comissão julgadora.
2. Ao submeter o texto à comissão julgadora, o autor renuncia aos direitos de sigilo da obra, autorizando, automaticamente, a divulgação do material nos meios de comunicação disponíveis, preferencialmente, via internet.
3. Para todos os efeitos legais, os autores declararão ser legítimos criadores dos textos inscritos e, assegurarão o ineditismo dos mesmos, eximindo a Fundação Cultural de Ituiutaba, bem como a comissão organizadora de responsabilidade por eventual infração em sua totalidade ou particularidade.
4. DAS INSCRIÇÕES
1. A participação é livre e isenta de taxa de inscrição.
2. O período de recebimento dos contos dar-se-á de 06 de Junho a 06 de Agosto 2012 e, os contistas que pleitearem participação deverão enviar a respectiva produção cultural para a Rua 24, nº 1332 – Centro, Ituiutaba-MG – CEP:38.300-078, Fundação Cultural de Ituiutaba, aos cuidados da Comissão organizadora, responsável pelo recebimento, cadastramento e encaminhamento à avaliação dos contos recebidos.
3. Os contos deverão ser enviados em um envelope grande e lacrado, identificado na frente com o nome do concurso. Dentro deste envelope os concorrentes deverão enviar um envelope menor, também lacrado, identificado na parte externa apenas com o título do conto e o pseudônimo utilizado. O envelope menor deverá conter uma folha com os seguintes dados: nome completo, e-mail, telefone para contato e dados biográficos. O prazo para inscrições termina impreterivelmente em 06 de Agosto de 2012, valendo a data do carimbo do correio.
4. Os contos deverão ser apresentados em quatro (04) vias.
5. DOS DIREITOS AUTORIAIS
Parágrafo Único: A participação, a respeito da qual seja constatado qualquer ato atentatório à fidedignidade do concurso será julgada pela Comissão Organizadora, que decidirá pela responsabilização administrativa, sem prejuízo, das sanções penais e da responsabilização cível, cabíveis.
6. DA ESCOLHA DA COMISSÃO JULGADORA
Parágrafo Único: A Comissão julgadora do 1º Concurso de Contos de Ituiutaba “Águas do Tijuco”, será indicada pela Fundação Cultural de Ituiutaba e Comissão Organizadora.
7. DOS RESULTADOS
1. Não haverá devolução dos contos concorrentes, os quais, findo o concurso, serão incinerados com os respectivos envelopes de identificação.
2. Além do conto premiado, outros nove serão selecionados, independentemente de classificação, que com o conto ganhador, constituirão um livro, com tiragem de 500 exemplares e distribuição gratuita, a ser publicado segundo critérios estabelecidos pela Fundação Cultural de Ituiutaba, observados os princípios da legalidade e da moralidade administrativa.
3. Reserva-se a cada um dos 10 autores que colaborarem na composição da obra e comissões participantes a quantidade de 10 (dez), exemplares.
8. PREMIAÇÃO
1. Ao autor do melhor conto será entregue o prêmio, indivisível, em moeda corrente, no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais), reservadas as obrigações tributárias previstas em lei.
2. A solenidade da entrega da premiação ocorrerá em data, agendada pela Fundação Cultural de Ituiutaba e demais interessados pessoalmente e às expensas do ganhador, devendo a mesma se realizar nesta cidade de Ituiutaba.
9. DAS RESPONSABILIDADES
1. Serão automaticamente desclassificados os trabalhos encaminhados fora do prazo estipulado e, aqueles que se apresentarem em divergência às normas estabelecidas neste regulamento.
2. O participante autoriza, desde já, a utilização de seu nome e imagem, livre de quaisquer ônus, para fins de divulgação e promoção do concurso literário em todo território nacional.
10. DISPOSIÇÕES GERAIS
1. A participação neste concurso cultural implica na aceitação automática e irrestrita das normas previstas neste regulamento.
2. Dúvidas relacionadas a este instrumento deverão ser enviadas para o endereço eletrônico: concursodecontosaguasdotijuco@yahoo.com.br.
3. Os casos omissos serão resolvidos pela Fundação Cultural de Ituiutaba, em decisão soberana da Comissão Julgadora.
Ituiutaba, 28 de maio de 2012.
Francisco Roberto Rangel
Presidente da Fundação Cultutal de Ituiutaba.
Lidiane Costa Souza
Presidente da Comissão Organizadora.
Fonte:

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Arquivado em concurso de contos, Inscrições Abertas

Trova 224 – Arlindo Tadeu Hagen (Belo Horizonte/MG)

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26 de junho de 2012 · 01:03

Carlos Drummond de Andrade (Poesia)

Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

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Arquivado em Minas Gerais, O poeta no papel, poema.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 589)

 Uma Trova de Ademar

Quis saber qual mais doía 
mas descobri no entanto, 
que pranto, dor e agonia 
sempre dói do mesmo tanto! 
–Ademar Macedo/RN– 

 Uma Trova Nacional  

Por mais que em ti não pensasse 
uma lágrima escorria, 
irrigando a minha face 
onde eu plantei nostalgia. 
–Francisco José Pessoa/CE– 

 Uma Trova Potiguar  

Em cada beijo roubado, 
que roubo de ti, meu bem, 
sinto o gosto do pecado 
que o beijo roubado tem. 
–Prof. Garcia/RN– 

 Uma Trova Premiada  

2009 – Nova Friburgo/RJ 
Tema – SAUDADE – M/E 

Ah, saudade do passado !
tão presente e tão intensa,
que penso ouvir teu chamado,
buscando a minha presença.
–Sônia Sobreira/RJ– 

 …E Suas Trovas Ficaram  

Menino, não tenha medo,
que a lei do retorno é certa:
se a vida estraga um brinquedo,
a mão do tempo conserta. 
–Carmen Ottaiano/SP– 

 Uma Poesia  

Sou a parte que não sei
sou o surreal da arte
sou a parte a qual faltei
sou a parte em toda parte
que se parte em pedacinhos
sou vários pequenininhos
sou até o que sobrou
e o que digo andando a esmo?
Se o que vejo de mim mesmo
é tal parte que não sou.
–Kerlle de Magalhães/PE– 

 Soneto do Dia  

ACENDEDOR DE LAMPIÕES.
–Jorge de Lima/AL– 

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
parodiar o sol e associar-se à lua
quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
outros mais a acender imperturbavelmente,
à medida que a noite aos poucos se acentua
e a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
ele que doira a noite e ilumina a cidade,
talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
crenças, religiões, amor, felicidade,
como este acendedor de lampiões da rua!

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Arquivado em Mensagens Poéticas

Ialmar Pio Schneider (Livro de Sonetos V)

SONETO 11515

Aqui a solidão já foi embora,
Pois hoje sei que alguém que tem saudade
Não vive só, não sofre, nem mais chora,
Porque esta é enfim a sua realidade.

Andava sorumbático…; por ora
Me reanimei, sabendo da verdade,
Uma vez que não conhecia outrora,
Que recordar também é felicidade !

Fugindo da aflição, relembro bem,
Que fui amado tanto por alguém,
Mas nos deixamos sem saber por quê…

Ingrata vem a ser a nossa história,
Bem guardada no cofre da memória,
Onde estão habitando eu e você !

(15.05.2010 -Porto Alegre – RS)

SONETO 11514

Eu tive uma saudade da mulher
Que um dia dominou minha ilusão,
Como se desfolhasse um bem-me-quer,
Pra ser feliz depois, na solidão…

Mas não foi nesse céu de rosicler,
Que já me trouxe tanta incompreensão,
A vida que pedi, você não quer,
Pois preferiu esta separação…

Procure agora achar o seu conforto
Nas noites hibernais talvez sozinha,
Ouvindo os pios da coruja agreste…

O nosso bom convívio está tão morto
Porque você não quis o que detinha
Num coração mundano e não celeste…

(16.05.2010- Porto Alegre – RS)

SONETO 11511

Não precisa me amar como te amo,
basta que seja cândida amizade
nosso conhecimento, a flor no ramo
que cultivamos fulge em nossa herdade !

Enfrentemos, assim, a realidade
neste fervor que em alta voz proclamo,
sabendo, embora, que a felicidade,
se não tive-a, também não a reclamo.

Se foi uma das minhas esperanças,
sua presença nesta caminhada,
só quero amar como amam as crianças…

Assim vai ser melhor ao meu tormento,
quando este devaneio der em nada
e dissipar-se ao sussurrar do vento…

(23.05.2010- Porto Alegre – RS)

SONETO 11492

Esse amor impossível foi demais
e deixou-me saudosas cicatrizes,
que me fazem lembrar dos infelizes,
que não concretizaram seus ideais…

Vivemos nesta vida de aprendizes,
como viveram nossos ancestrais,
buscando aprimorarmos sempre mais,
tudo aquilo que herdamos das raízes.

Mas vamos combinar,… a perfeição
concentra inatingível utopia,
como sabemos muito bem de cor…

Sigamos o que manda o coração,
embora muito sonho e fantasia,
pois iremos assim viver melhor !

(29.05.2010 – Porto Alegre – RS)

SONETO 11449

Não tenho o que fazer por esses dias,
a não ser assistir ao que aparece
em meu televisor. Noites sombrias
em que vou meditando a longa prece…

Você já foi o tema das poesias
que eu compunha, a sós, quando a tarde desce,
hoje vejo que foram fantasias,
os versos que minh´alma não esquece…

Outro motivo leva-me por diante
e vou seguindo assim o meu caminho
com minhas horas mortas nebulosas…

Ainda a vejo em sonhos, linda amante,
e recordando seu gentil carinho,
também relembro o olor daquelas rosas…

(05.06.2010- Porto Alegre – RS)

SONETO 11439

A vida foi assim meio bisonha
e procurei dizer o que sentia,
através de uma página tristonha
que turvou por demais minha poesia.

Tu vieste fantástica e risonha
e despertaste as horas do meu dia,
em que julgava a existência enfadonha
e não pensava em sonhos de alegria.

Agora te conheço só de vista,
talvez me baste este conhecimento,
ouço uma voz dizer-me alto: ´´Persista !´´

Então, vou percorrendo a longa estrada
que me leva confiante e sonolento,
a gritar-me: ´´Sozinho não és nada !´´

(08.06.2010 – Porto Alegre – RS)

SONETO AO PÔR-DO-SOL

O pôr-do-sol agora está magnífico,
Parece do Senhor uma pintura,
E por isto o momento é beatífico,
Como se unisse Deus à criatura…

A noite vai descendo… colorífico
O céu em tons diversos se mistura,
E mesmo pelos ares odorífico
Vem a ser o ambiente de verdura…

Então, eu me recolho e penso em ti,
Com serena tristeza e nostalgia,
Lembrando nosso amor de frenesi…

Se agora já vai longe a mocidade,
Não esqueço os momentos de alegria,
Embora hoje só reste esta saudade !

(25.05.2010- Porto Alegre – RS)

SONETO PARA DELCY CANALLES

O verso flui da pena da Delcy
Canalles, como as águas vem da fonte
Rumorejante, a deslizar do monte,
Formando um lindo lago azul ali

No vale verde, que se vê defronte
Do arvoredo, onde passa o colibri,
Beijando as flores, como em frenesi
Se avista o sol caindo no horizonte…

A noite vem descendo na cidade…
Nestas horas visita-me a saudade,
E lembro que já tive os meus amores

Da juventude que ficou distante…
Amo, agora, a poesia inebriante
Que sói acalentar os sonhadores…

(19.05.2010 – Porto Alegre – RS)

SONETO DO AMOR SONHADO

Um dia procurei te sepultar
no cemitério zen do esquecimento,
pra nunca mais te ver ou te lembrar,
mas foi em vão este convencimento…

Hoje, vives mais forte, a maltratar
meu coração ferido, no tormento
de nunca conseguir desenraizar
tanta saudade no meu sentimento…

Por que fui conhecer o amor perdido,
se fosse pra sentir tanta emoção,
que ora se me afigura ser proibido?!

Quero deixar de lado a hipocrisia
e te aguardar na velha solidão
que tanto me acompanha noite e dia…

(5.5.2010 – Porto Alegre – RS)
Fonte:
http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=15178

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Arquivado em livro de sonetos, Rio Grande do Sul

Elisa Palatnik (Vida de Pediatra Não é Bolinho, Não)

— Alô, dr. Felipe? Pelo amor de Deus, o senhor precisa ver o Dudu. Aqui é Rita, mãe dele.

— Rita? Mas peraí… eu acabei de ver o menino! Vocês acabaram de sair do meu consultório.

— Justamente. Estou aqui no elevador, falando do celular. Tô achando que do consultório até aqui, ele piorou um pouco…

— Mas…

— No décimo andar, ele ainda estava bem. No sexto, comecei a achar um pouco quente. Agora, cheguei no térreo e… ele está pelando!

— Rita, isso é impossível! Eu tirei a temperatura dele há cinco minutos! Você tem que levar ele pra casa, ficar de olho e não esquecer de pingar as três gotas no ouvido…

— Mas “três gotas” é muito vago. O senhor esqueceu de falar o… o tamanho da gota.

— Como assim, o “tamanho da gota”?! Eu sei lá! Gota é tamanho único!

— De forma nenhuma. Tem gotas gordas e gotas magras. Tamanho P, M e G! Mas tudo bem, se o senhor está dizendo que não é importante…

— Então ótimo.

— Peraí, só pra rememorar… são três gotas em cada ouvido, três vezes ao dia. Se ele tem dois ouvidos, são 18 gotas por dia. Durante 20 dias, 360 gotas. Acertei?

— Acertou. Meus parabéns. Até mais ver.

— Um momento! E se acontecer de caírem quatro gotas em vez de três?!

— Qual é o problema?

— Eu é que pergunto! Qual é o problema? Ele pode ficar, sei lá… com alguma seqüela no tímpano? Ficar surdo? Mudo? Gago? Gay?

— Se você não desligar agora, eu vou ficar com seqüelas! Eu!

— Tá, calma… Eu posso pelo menos pedir uma última coisa? Só pra eu ficar tranqüila?

— Ai, Jesus! O quê?

— Deixa eu dar um subidinha aí, rápido. Só pro senhor tirar a temperatura dele uma última vez. Eu… Tá, nem precisa tirar a temperatura, basta olhar pra ele.

— Rita!

— Tá, então eu nem subo. O senhor vê ele pela janela! Já estou aqui com ele, na calçada. Estou levantando no colo, bem alto, pro senhor ver melhor! Só uma olhadinha pela janela…

***
— Alô, dr. Felipe.

— Alôoorg… Rita, são quatro da madrugada. É a sétima vez que você me liga hoje.

— Dessa vez é grave. O Dudu vomitou!

— Claro. Ele está com uma intoxicação. E eu já passei a medicação.

— Mas é que não tá normal… Tá assim com uns grânulos… e com umas cascas… e uns pêlos… acho, inclusive, que tem uma mosca no meio.

— Rita, eu vou desligar.

— Dessa vez é diferente! Juro! A cor, sei lá… Sabe aqueles catálogos de cortina? Pois é, não encontrei nenhuma cor que corresponda…

— Procura num catálogo de estofados que você encontra. Boa noite!

— Mas a aparência está horrível! O senhor tem que dar uma olhada!

— Acontece que eu estou de férias em Cancún! Você está me fazendo uma ligação internacional! E eu não vou voltar pro Brasil pra ver as “golfadas” do Dudu!

— Então… eu tiro uma fotografia das golfadas! Mando por Sedex.

— Não faça isso!

— Vou aproveitar e mandar uma foto minha, ampliada, pro senhor ver como eu estou completamente acabada de preocupação. Alô, dr. Felipe? Ué… desligou.

***
— Dr Felipe? É o senhor?

— Não, aqui é da Funilaria Alcântara. Foi engano. Passar bem.

— Não adianta me enganar! Reconheci sua voz.

— Fala, Rita…

— É sobre a meleca do Dudu. Ela está completamente verde e…

— Claro que está verde! Eu nunca vi meleca roxa! Nem azul! Sempre foi verde! Antes de Cristo, ela já era verde. Os romanos, os egípcios… todos tinham melecas verdes! Cleópatra tinha meleca verde!

— Acontece que não é só a questão da cor. É a quantidade. Pro senhor ter uma idéia, eu já juntei um balde e dois tupper-wares só de catarro.

— Um balde e dois tupper-wares??!

— Guardei na geladeira pra poder mostrar pro senhor quando eu conseguir marcar uma hora. Mas do jeito que está difícil, pra não estragar, vou ter que congelar no freezer.

— Peraí, só pra ver se eu entendi. Você vai congelar o catarro do seu filho… pra me mostrar?

— No dia da consulta eu boto no defrost, potência alta e descongelo. A não ser que o senhor queira ver logo. Eu posso deixar os tupper-wares na portaria do consultório.

— Não! De forma nenhuma! Os… os porteiros podem pensar que… é meu almoço!

— Tá. Então eu vou deixar a fita cassete aí. Pelo menos isso.

— Fita cassete?! Que fita cassete?!

— Que eu gravei com a tosse do Dudu. Pro senhor ouvir. E gravei ele falando 33. Se o senhor não se incomodar, vou mandar também a tosse da minha mãe, que está uma coisa pavorosa — parece que ela engoliu um urso.

— Eu… tá… Manda a tosse de quem você quiser. Do seu pai, da sua tia, de alguma vizinha. Grava em fita. Faz um vídeo. Um documentário. E já que chegamos até aí… por que não um longa? Sobre catarro! O filme pode se chamar “Matou a mãe do paciente e foi ao cinema”. Que tal?
Fonte:
Projeto Releituras

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Arquivado em A Escritora com a Palavra, Rio de Janeiro

Aluísio Azevedo (Casa de Pensão)

A obra foi baseada num fato real: a Questão Capistrano, crime que sensibilizou o Rio de Janeiro em 1876/77, envolvendo dois estudantes, em situação muito próxima à da narração de Aluísio Azevedo. Neste livro, o autor estuda as influências da sociedade sobre o indivíduo sem qualquer idealização romântica, retratando rigorosamente a realidade social trazendo para a literatura um Brasil até então ignorada.

Autor fiel à tendência naturalista difundida pelo realismo, Aluísio Azevedo focaliza, nesta obra, problemas como preconceitos de classe, de raças, a miséria e as injustiças sociais. Descreve a vida nas pensões chamadas familiares, onde se hospedavam jovens que vinham do interior para estudar na capital. Diferente do romantismo, o naturalismo enfatiza o lado patológico do ser humano, as perversões dos desejos e o comporta-mento das pessoas influenciado pelo meio em que vivem.

Casa de Pensão é uma espécie de narrativa intermediária entre o romance de personagem (O Mulato) e o romance de espaço (O Cortiço). Como em O Mulato, todas as ações ainda estão vinculadas à trajetória do herói, nesse caso, Amâncio de Vasconcelos. Mas, como em O Cortiço, a conquista, ordenação e manutenção de um espaço é que impulsiona, motiva e ordena a ação. Espaço e personagem lutam, lado a lado, para evitar a degradação.

As teses naturalistas, especialmente o Determinismo, alicerçam a construção das personagens e das tramas.

Romance naturalista de 1884, em que o autor, de carreira diplomática bastante acidentada, move personagens que se coadunam perfeitamente com a análise dos críticos de que seus tipos são, via de regra, grosseiros, não se distinguem pela sutileza da compreensão, nem pela frescura dos sentimentos. São eixos de relações da estrutura da presente narrativa a Província – Maranhão, a Corte – Rio de Janeiro, a casa paterna e a casa de pensão.

Estilo

O naturalismo está plenamente representado em Casa de Pensão desde a abertura do romance, quando Amâncio aparece marcado fatalisticamente pela escola e pela família: uma e outra o encheram de revolta. Por causa de um castigo justo ou injusto, “todo o sentimento de justiça e da honra que Amâncio possuía, transformou-se em ódio sistemático pelos seus semelhantes…”. O leite que o menino mamou na ama negra também está contagiado e irá marcá-lo. O médico dizia: “Esta mulher tem reuma no sangue e o menino pode vir a sofrer para o futuro.” Amâncio é uma cobaia, um campo de experimentação nas mãos do romancista. Nele o fisiológico é muito mais forte do que o psicológico. É o determinismo que vai acompanhar toda a carreira do personagem.

Está presente também na obra o sentido documental e experimental do romance naturalista, renunciando ao sentimentalismo e à evasão, procura construir tudo sobre a realidade. Como já mencionado, a estória do romance se baseia num caso real.

Linguagem

Uma técnica comum ao escritor naturalista é o abuso dos pormenores descritivo-narrativos de tal modo que a estória caminha devagar, lerda e até monótona. É a necessidade de ajuntar detalhes para se dar ao leitor uma impressão segura de que tudo é pura realidade. Essas minúcias se estendem a episódios, a personagens e a ambientes. Num episódio, por exemplo, há minúcias de tempo, local e personagens. E móveis de uma sala até os objetos mais miúdos.

Não se pode dizer que a linguagem do romance é regionalista; pelo contrário, o padrão da língua usada é geral e o torneio frasal, a estrutura morfo-sintática é completamente fiel aos padrões da velha gramática portuguesa.

Como Machado de Assis, Aluísio Azevedo também usa alguns recursos desconhecidos da língua portuguesa do Brasil, principalmente na língua oral. Assim, por exemplo, o caso da apossínclise (é uma posição especial do pronome oblíquo que não escutamos no Brasil, mas é comum até na língua popular de Portugal). São exemplos de apossínclise: “Há anos que me não encontro com o amigo.” (Há anos que não me…) “Se me não engano, você está certo.” Em Casa de Pensão essa posição pronominal é um hábito comum.

Foco narrativo

O autor escolheu o seu ponto-de-vista narrativo: a terceira pessoa do singular, um narrador onisciente e onipotente, fora do elenco dos personagens. Como um observador atento e minucioso dentro das próprias fórmulas apertadas do naturalismo. No caso deste romance, Aluísio Azevedo trabalhou muito servilmente sobre os fatos absolutamente reais.

Temática

Como em O Cortiço, Aluísio de Azevedo se torna excepcionalmente rico na criação de personagens coletivos: a casa de pensão, tão comum ainda hoje, no Brasil inteiro, tem vida, uma vida estudante, nas páginas do romance. Aluísio conhecia, de experiência própria, esse ambiente feito de tantos quartos e tantos inquilinos, tão numerosos e tão diferentes, nivelados pela mediocridade e em fácil decadência moral. O autor faz alguns retratos com evidentes traços caricaturais (a sua velha mania ou vocação para a caricatura…), mas fiéis e verdadeiros. Tudo se movimenta diante do leitor: a casa de pensão é um mundo diferente, gente e coisas tomam aspectos novos, as pessoas adquirem outros hábitos, informadas ou deformadas por essa vida comunitária tão promíscua. Aí se encontram e se desencontram, se amontoam e se separam tantos indivíduos transformados em tipos, conhecidos, às vezes, apenas pelo número do quarto. Em O Cortiço o meio social é mais baixo; na Casa de Pensão é médio.

Às doenças morais (promiscuidades, hipocrisia, desonestidades, sensualismos excitados e excitantes, ódios, baixos interesses, dinheiro…) se misturam também doenças físicas (o tuberculoso do quarto 7 que morre na casa de pensão, a loucura e histerismo de Nini…). Foi o que encontrou Amâncio na Casa de Pensão de Mme. Brizard. Fora para o Rio de Janeiro, para estudar. E, num ambiente como esse, quem seria capaz de estudar? É verdade que o rapaz já trazia a sua mentalidade burguesa do tempo: o que ele buscava não era uma profissão, mas apenas um diploma e um título de doutor. Ele, sendo rico, não precisaria da profissão, mas, por vaidade, de um status, de um anel no dedo e de um diploma na parede. Essa mania de doutor, doença que pegou no Brasil, já foi magistralmente caricaturada em deliciosa carta de Eça de Queirós ao nosso Eduardo Prado: “A nação inteira se doutorou. Do norte ao sul do Brasil, não há, não encontrei senão doutores! Doutores com toda a sorte de insígnias, em toda a sorte de funções!! Doutores com uma espada, comandando soldados; doutores com uma carteira, fundando bancos: doutores com uma sonda, capitaneando navios; doutores com uma apito, comandando a polícia; doutores com uma lira, soltando carnes; doutores com um prumo, construindo edifícios; doutores com balanças, ministrando drogas; doutores sem coisa alguma, governando o Estado! Todos doutores…” O próprio Aluísio de Azevedo abandonou a Província para buscar sucessos na Corte (Rio de Janeiro) e, certamente também, um título de doutor…

Personagens

Os personagens, sob nomes fictícios, escondem pessoas reais:

Amâncio da Silva Bastos e Vasconcelos – (João Capistrano da Silva) estudante, acusado de sedução. Foi absolvido.

Amélia ou Amelita – (Júlia Pereira) a moça seduzida, pivô da tragédia.

Mme. Brizard – (D. Júlia Clara Pereira, mãe da moça e do rapaz, assassino) é uma viúva, dona da casa de pensão:

João Coqueiro – Janjão – (Antônio Alexandre Pereira, irmão da moça Júlia Pereira e assassino de João Capistrano. Foi também absolvido).

Dr. Teles de Moura – (Dr. Jansen de Castro Júnior) advogado da família da moça.

Enredo

Amâncio (Da Silva Bastos e Vasconcelos), rapaz rico e provinciano, abandona o Maranhão e segue de navio para o Rio de Janeiro (a Corte) a fim de se encaminhar nos estudos e na vida. É um provinciano que sonha com os deslumbramentos da Corte. Chega cheio de ilusões e vazio de propósitos de estudar… A mãe fica chorosa e o pai, indiferente, como sempre fora no trato meio distante com o filho. O rapaz tinha que se tornar um homem.

Amâncio começa morando em casa do sr. Campos, amigo do Pai, e, forçado, se matricula na Escola de Medicina. Ia começar agora uma vida livre para compensar o tempo em que viveu escravizado às imposições do pai e do professor, o implacável Pires.

Por convite de João Coqueiro, co-proprietário de uma casa de pensão, junto com a sua velhusca mulher Mme. Brizard, muda-se para lá. É tratado com as maiores preferências: os donos da pensão queriam aproveitar o máximo de seu dinheiro e ainda arranjar o seu casamento com Amélia, irmã de Coqueiro. Um sujo jogo de baixo interesses, sobretudo de dinheiro. Naquele ambiente, tudo concorreria para fazer explodir a super-sensualidade do maranhense.

“Ele, coitado, havia fatalmente de ser mau, covarde e traiçoeiro: Na ramificação de seu caráter e sensualidade era o galho único desenvolvido e enfolhado, porque de todos só esse podia crescer e medrar sem auxílios exteriores.”

A casa de pensão era um amontoado de gente, em promiscuidade generalizada, apesar da hipócrita moralidade pregada pelo seu dono: havia miséria física e moral, clara e oculta. Com a chegada de Amâncio, a pensão passou a arapuca para prender nos seus laços o jovem, inesperto e rico estudante: pegar o seu dinheiro e casá-lo com a irmã do Coqueiro. Para alcançar o fim, todos os meios eram absolutamente lícitos. Amélia, principalmente quando da doença do rapaz, se desdobrou nos mais íntimos cuidados. Até que se tornou, disfarçadamente, sua amante. Sempre mantendo as aparências do maior respeito exigido dentro da pensão pelo João Coqueiro…

O pai de Amâncio morre no Maranhão. A mãe chama o filho. Ele pretendo voltar, logo que terminarem os seus exames de medicina. Era preciso que o filho voltasse para vê-la e ver os negócios que o pai deixara. Mas o rapaz está preso à casa de pensão e a Amélia: este o ameaça e só permite sua ida ao Maranhão, depois do casamento. Amâncio prepara sua viagem às escondidas. Mas, no dia do embarque, um oficial e justiça acompanhado de policiais o prende para apresentação à delegacia e prestação de depoimentos. Amâncio é acusado de sedutor da moça. João Coqueiro prepara tudo: o caso foi entregue ao famigerado e chicanista Dr. Teles de Moura. Aparecem duas testemunhas contra o rapaz. Começa o enredado processo: uma confusão de mentiras, de fingimentos, de maucaratismo contra o jovem rico e desfrutável para os interesses pecuniários de Mme. Brizard e marido. Há uma ressonância geral na imprensa e, na maioria, os estudantes se colocam ao lado de Amâncio. O senhor Campos prepara-se para ajudar o seu protegido, mas Coqueiro lhe faz chegar às mãos uma carta comprometedora que Amâncio escrevera à sua senhora, D. Hortênsia. E se coloca contra quem não soube respeitar nem a sua casa…

Três meses depois de iniciado o processo, Amâncio é absolvido. O rapaz é levado em triunfo para um almoço, no Hotel Paris.

“Amâncio passava de braço a braço, afagado, beijado, querido, como uma mulher famosa.” Todo mundo olhava com curiosidade e admiração o estudante absolvido. E lhe atiravam flores, Ouviam-se vivas ao estudante e à Liberdade. Os músicos alemães tocaram a Marselhesa. Parecia um carnaval carioca.

Em outro plano, Coqueiro, sozinho, vendo e ouvindo tudo. A alma envenenada de raiva. Em casa o destampatório da mulher que o acusava de todo o fracasso. As testemunhas reclamavam o pagamento do seu depoimento. Um inferno dentro e fora dele. Chegaram cartas anônimas com as maiores ofensas. Um homem acuado…

Pegou, na gaveta, o revólver do pai. E pensou em se matar. Carregou a arma. Acertou o cano no ouvido. Não teve coragem. Debaixo da sua janela, gritavam injúrias pela sua covardia e mau caráter… No dia seguinte, de manhã, saiu sinistro. Foi ao Hotel Paris. Bateu no quarto II, onde se encontrava o estudante com a rapariga Jeanete. Esta abriu a porta. Amâncio dormia, depois da festa e da bebedeira, de barriga para cima. Coqueiro atirou a queima-roupa. Amâncio passa a mão no peito, abre os olhos, não vê mais ninguém. Ainda diz uma palavra: “mamãe” … e morre.

Coqueiro foi agarrado por um policial, ao fugir. A cidade se enche de comentários. Muitos visitam o necrotério para ver o cadáver de Amâncio. Vendem-se retratos do morto. Um funeral grandioso com a presença de políticos, notícias e necrológicos nos jornais, a cidade toda abalada. A tragédia tomou conta de todos.

A opinião pública começa a flutuar, a mudar de posição: afinal, João Coqueiro tinha lavado a honra da irmã…

Quando D. Ângela, envelhecida e enlutada, chega ao Rio de Janeiro, se viu no meio da confusão, procurando o filho. Numa vitrine, ela descobriu o retrato do filho “na mesa do necrotério, com o tronco nu, o corpo em sangue. Uma legenda: “Amâncio de Vasconcelos, assassinado por João Coqueiro, no Hotel Paris…

Fonte:
Passeiweb

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Tatiana Belinky (Lenda Popular Suiça: Guilherme Tell)

Há muitos anos, antes de ser um país livre e soberano, a Suíça era governada por um regente autoritário chamado Gessler. Todo mundo tinha medo dele, porque quem desobedecesse às suas ordens era impiedosamente castigado. A única pessoa que não o temia era um bravo caçador das montanhas de nome Guilherme Tell, respeitado pelos seus conterrâneos por ser, além de homem de bem, um exímio arqueiro. Ninguém o superava na pontaria certeira com o arco e a flecha.

O tirano Gessler, arrogante e vaidoso, gostava de aterrorizar a gente do povo. Por isso, mandou erguer na praça principal um poste no qual fez pendurar o seu chapéu. Diante desse ridículo símbolo de autoridade, todos os passantes deveriam se curvar. E todos obedeciam, de medo de ser cruelmente punidos. Todos, menos Guilherme Tell, que não se submetia àquela humilhação por considerá-la abaixo de sua dignidade. Até que um dia aconteceu de o próprio Gessler estar na praça quando Tell passou por ali com seu filho de 8 anos.

Vendo que o caçador não se curvara diante do chapéu, Gessler ficou furioso e mandou que seus soldados o agarrassem, gritando:

— Tell, tu me desafiaste, e quem me desafia morre. Mas tu podes escapar da morte se fizeres o que eu te ordeno.

E o perverso Gessler mandou que encostassem o filho do caçador ao poste com uma maçã sobre a cabeça. Então, continuou:

— Agora, Tell, terás de provar a tua fama de grande arqueiro acertando a maçã na cabeça do teu filho com uma única flechada. Se acertares, o que duvido, sairás livre. Mas, se errares, serás executado aqui, na frente de todo este povo.

E Guilherme Tell foi colocado no ponto mais distante da praça, com o seu arco e uma flecha.

— Cumpra-se a minha ordem!, bradou Gessler.

— Atire, meu pai, disse o menino. Eu não tenho medo.

Com o coração apertado, Guilherme Tell levantou o arco, apontou a flecha, esticou a corda e, de dentes cerrados, mirou em direção ao alvo. Zummmm! A flecha zuniu no ar, rapidíssima, e rachou ao meio a maçã sobre a cabeça da criança.

Um suspiro de alívio subiu da multidão, que assistia horrorizada àquele cruel espetáculo.

Nesse momento, Gessler viu a ponta de uma outra flecha escondida debaixo do gibão do arqueiro.

— Para que a segunda flecha, se tinhas direito a um só arremesso?, urrou o tirano.

Guilherme Tell respondeu, em alto e bom som:

— A segunda flecha era para varar o teu coração, Gessler, se eu tivesse ferido o meu filho.

E, pegando o menino pela mão, Guilherme Tell deu as costas ao tirano e foi embora.

Anos mais tarde, o arqueiro foi um valoroso combatente pela independência da sua terra e pela liberdade de seu povo.
Fonte:
Contos, Fábulas e outros. Revista Nova Escola.

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Prêmio Paraná de Literatura (Prazo: 31 de Agosto de 2012)

a) Concurso de Livros Inéditos (Contos, Poesias e Romances)

Premiação:
I) Em cada categoria – 1º colocado: R$40.000,00
II) Publicação das obras – 1000 exemplares (100 para o autor, a título de direito autoral)

Organização:
Secretaria de Estado da Cultura
Biblioteca Pública do Paraná

Informações e Dúvidas:
Telefones: (41) 3221-4917, 3221-4974 e 3221-4994
E-mail: premioparana@bpp.pr.gov.br

Regulamento:

EDITAL DE CONCURSO Nº 001/2012
Prêmio Paraná de Literatura 2012

O Governo do Estado do Paraná, por intermédio de sua Secretaria de Estado da Cultura, sediada na Rua Ébano Pereira, 240, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, institui por meio da Biblioteca Pública do Paraná o Concurso “PRÊMIO PARANÁ DE LITERATURA 2012”, nos termos e condições estabelecidos neste Edital, que se regerá pela Lei Estadual nº 15.608, de 16 de agosto de 2007 e normas gerais nacionais sobre licitações e contratos administrativos, na forma deste Edital.
O Edital poderá ser obtido junto à Divisão de Difusão Cultural da Biblioteca Pública do Paraná – BPP, localizada na Rua Cândido Lopes, 133, Centro, Curitiba, Paraná ou nos sites da BPP (www.bpp.pr.gov.br) e da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (www.cultura.pr.gov.br).
Esclarecimentos e informações aos interessados serão prestados pela Divisão de Difusão Cultural da BPP, no endereço citado; pelos telefones (41) 3221-4917, 3221-4974 e 3221-4994, pelo e-mail premioparana@bpp.pr.gov.br, de segunda a sexta-feira das 9h às 19h.

1.DO CONCURSO
O Concurso tem por objetivo a seleção de livros escritos em língua portuguesa e inéditos, que não tenham sido objeto de qualquer tipo de apresentação, veiculação ou publicação parcial ou integral antes da inscrição no Concurso até a divulgação do resultado e entrega dos prêmios aos vencedores, estando assim dividido:

a) Prêmio Paraná de Literatura, Categoria Romance – Manoel Carlos Karam;

b) Prêmio Paraná de Literatura, Categoria Conto – Newton Sampaio;

c) Prêmio Paraná de Literatura, Categoria Poesia – Helena Kolody.

2.DAS INSCRIÇÕES

2.1. Poderão inscrever-se no Prêmio Paraná de Literatura brasileiros, maiores de dezoito anos.

2.2. Cada autor poderá participar com apenas uma obra em cada categoria. Devendo fazer uma inscrição para cada categoria, com pseudônimos distintos.

2.3. As inscrições são gratuitas e estarão abertas no período de 20 (vinte) de junho a 31 (trinta e um) de agosto de 2012, devendo o envelope descrito no item 2.6.1. ser entregue pessoalmente ou pelos Correios no seguinte endereço:

BIBLIOTECA PÚBLICA DO PARANÁ
PRÊMIO PARANÁ DE LITERATURA
Divisão de Difusão Cultural
Rua Cândido Lopes nº 133 – Centro
80020-901 – Curitiba/PR

2.4. Só serão aceitos os trabalhos entregues dentro do prazo estipulado.

2.5. A inscrição estará efetivada a partir do recebimento dos documentos pela Divisão de Difusão Cultural da BPP.

2.6. Os documentos para inscrição deverão ser encaminhados observando-se os seguintes procedimentos:

2.6.1. Envelope nº 1 – O envelope nº 1 deverá conter:
− 4 (quatro) vias encadernadas, com folha de rosto, na qual deverão constar apenas o TÍTULO da obra e o PSEUDÔNIMO (obrigatório) do autor. O texto deverá ser digitado em apenas um lado da folha, fonte Times New Roman, tamanho 12, estilo normal, na cor preta; parágrafo de alinhamento justificado; espaço entrelinhas duplo; 2,5cm em todas as margens e impressos em papel A4. Nos livros de contos e poesias, cada CONTO e cada POESIA deverão ser iniciados em uma nova página, bem como cada capítulo do ROMANCE deverá ser iniciado em uma nova página. Os textos que estiverem fora da formatação indicada serão automaticamente desclassificados.
− A obra enviada deverá ter entre 130 e 300 páginas, caso seja ROMANCE; entre 70 e 200 páginas, caso seja LIVRO DE CONTOS; e entre 70 e 130 páginas no caso do LIVRO DE POESIA. Para tanto, será rigorosamente observada a formatação acima;
− 1 cópia gravada em CD-R, em formato TXT ou PDF;
− o envelope nº 2, devidamente lacrado.

2.6.1.1. O Envelope nº 1 deverá estar identificado com os dizeres “Prêmio Paraná de Literatura 2012” – Romance, ou Poesia, ou Conto, e o endereço da BPP, no caso de remessa via Correios.

2.6.1.2. No caso de envio via Correios, somente serão aceitos os trabalhos postados no período indicado no item 2.3. (20/06 a 31/08/2012). A Divisão de Difusão Cultural da BPP não se responsabiliza pela chegada tardia ou pelo extravio do material.

2.6.1.3. Para os envelopes entregues diretamente no endereço citado no item 2.3. serão emitidos comprovantes de recebimento.

2.6.1.4. O carimbo de postagem do Sedex servirá como documento de comprovação da data de inscrição para os trabalhos enviados via Correios.

2.6.1.5. Os custos de postagem correrão por conta dos candidatos.

2.6.1.6. Não serão aceitas, em nenhuma hipótese, trocas, alterações, inserções ou exclusões de partes em quaisquer obras após a entrega, ainda que dentro do prazo de recebimento.

2.6.2. Envelope nº 2 – Para efeito de identificação, o autor deverá enviar junto com a obra um envelope lacrado, chamado envelope nº 2 “IDENTIFICAÇÃO” , externamente identificado somente com o título da obra e o nome do Concurso. O envelope deverá conter a ficha de identificação com declaração de autoria (modelo disponível nos sites http://www.bpp.pr.gov.br e http://www.cultura.pr.gov.br com nome completo, endereço, telefone(s), e-mail, título das obras; acompanhada de fotocópia da cédula de identidade, fotocópia de CPF e comprovante de endereço).

2.6.2.1. A não apresentação dos documentos indicados implicará na automática desclassificação da inscrição.

2.7. Não poderão concorrer os membros da Comissão Julgadora, servidores da Secretaria de Estado da Cultura e da Biblioteca Pública do Paraná e demais pessoas envolvidas na organização do Concurso.

3. DO JULGAMENTO

3.1. O julgamento das obras competirá à Comissão Julgadora, designada pela BPP, composta de 1 (um) presidente e 9 (nove) membros, sendo 3 (três) por categoria, de comprovada vinculação com a área literária, que disporá de 60 (sessenta) dias para realizar seu trabalho.

3.2. Em caso de impossibilidade de participação de algum membro da Comissão Julgadora, o presidente designará um suplente.

3.3. A Comissão Julgadora do Prêmio terá plena autonomia de julgamento, não cabendo recurso às suas decisões.

3.4. O resultado do Concurso será divulgado no Diário Oficial do Estado do Paraná, pela imprensa e no site da BPP.

3.5. O processo de seleção e julgamento será registrado em ata firmada pelos membros da Comissão Julgadora.

3.6. Serão selecionados 3 (três) vencedores, sendo um para cada categoria – Romance, Conto e Poesia.

4. DA PREMIAÇÃO

4.1. A divulgação do resultado (prevista para a primeira quinzena de dezembro de 2012) e a entrega dos prêmios ocorrerão em datas a serem oportunamente divulgadas nos sites http://www.bpp.pr.gov.br e http://www.cultura.pr.gov.br e no Diário Oficial do Estado.

4.2. O concurso conferirá os seguintes prêmios:

a) 1º lugar – Romance – R$ 40.000,00
b) 1º lugar – Conto – R$ 40.000,00
c) 1º lugar – Poesia – R$ 40.000,00

4.3. Os prêmios serão pagos por meio de depósito bancário em conta indicada pelo ganhador ou em ordem de pagamento.

4.4. Sobre os prêmios indicados incidirão os tributos e demais contribuições previstas em lei.

4.5. Os trabalhos premiados serão publicados pela BPP, num total de 1.000 exemplares de cada, cabendo aos autores premiados 100 exemplares.

4.6. Os autores premiados cederão os direitos autorais patrimoniais não exclusivos sobre a obra à BPP. Os trabalhos premiados passarão a fazer parte do acervo da BPP, podendo ser utilizados, total ou parcialmente, em expedientes e publicações – internas e externas – em quaisquer meios, inclusive internet, respeitados os créditos do autor, sem que caiba a percepção de qualquer valor.

5. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

5.1. O direito de impugnar os termos deste Edital perante a Administração decairá se o concorrente não fizer na forma e prazos previstos no art. 72, da Lei Estadual 15.608/07.

5.2. O concurso poderá ser revogado em qualquer uma de suas fases, por motivos de oportunidade e conveniência administrativa, devidamente justificadas, sem que caiba aos respectivos participantes direito à reclamação ou indenização.

5.3. Os trabalhos inscritos não serão devolvidos aos autores em hipótese alguma.

5.4. As despesas com o pagamento dos prêmios do presente Edital correrão à conta da dotação orçamentária nº 5131.13392154.196 – Natureza de Despesa: 33.90.31.00 (Prêmio em Pecúnia), Fonte de Recurso: 142 (Operações de Crédito do Tesouro).

5.5. O resultado do concurso será divulgado no site da BPP e no Diário Oficial do Estado e os ganhadores serão informados por e-mail.

5.6. Somente serão divulgados os autores vencedores.

5.7. Os casos omissos serão resolvidos pela Biblioteca Pública do Paraná, ouvidas a Divisão de Difusão Cultural e a Comissão Julgadora, quando necessário.

Curitiba, 20 de junho de 2012.

Rogério Pereira
Diretor da Biblioteca Pública do Paraná

Fonte:
http://concursos-literarios.blogspot.com

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Trova 223 – Pedro Mello (São Paulo/SP)

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24 de junho de 2012 · 17:04

Raquel Ordones (Saudade é Reviver)

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24 de junho de 2012 · 15:02

Mara Melinni (Lembrança de uma Caixa de Sapato)

Era o começo de uma tarde tranquila de fim de semana. Não fazia muito sol e as nuvens pareciam combinar um gesto amigo no céu, criando uma sombra agradável no jardim. Eu tinha acabado de almoçar, mas ainda podia ouvir, ao longe, o barulho dos últimos pratos e talheres que eram removidos da mesa, enquanto vozes sussurravam, entre risos, da cozinha.

Eu estava pensativa e fui me sentar debaixo das árvores. Da cadeira de balanço, no embalo do vai e vem, comecei a olhar para os meus pés pequenos, que buscavam apoio no portão da varanda. Uma leve sonolência me envolvia e revivi, naquele momento, algumas cenas e sensações dos meus primeiros anos na escola, que retornaram em uma lembrança encantadora.

E pensar que tudo começava daquele mero olhar de pés…! Partia por uma viagem no tempo… Recordava-me, perfeitamente, das chinelas que usávamos nos primeiros anos da escola. Eram todas iguais, de borracha e couro, na cor azul escuro. Minha mãe sempre comprava um número acima do meu, senão não suportariam o final do ano, já que pé de criança cresce num piscar de olhos.

Mas o auge da minha ansiedade era passar para a antiga primeira série. Deixaria de lado as sandálias azuis, que combinavam com batinhas de algodão, com uma cor para cada ano, feitas com bicos e com o nome bordado no bolso que geralmente ficava na frente, onde todos os alunos costumavam trazer um lenço. Esse era o uniforme e tudo era preparado, com capricho, em casa.

Enfim, eu estava crescendo. Já sabia ler e escrever. Era tempo de assumir novas responsabilidades e de, finalmente, poder usar o tão sonhado objeto dos meus desejos (e de todas as meninas de seis anos de minha época)! Eu nunca me esqueci da primeira vez em que coloquei os meus pés dentro daquele sapato-boneca! Ele era perfeito, preto, com um detalhe que me orgulhava: tinha um salto quadrado, mas, enfim, era um salto!

Foi amor à primeira vista, um sucesso. Eu queria passar o dia inteiro desfilando com eles nos pés, dentro de casa. Mas minha mãe logo veio me explicar que os sapatos deveriam ficar na caixa, esperando pelo primeiro dia de aula. Eu adorava estar de férias, mas a ânsia de sair com eles, pela primeira vez, fazia-me desejar que os dias corressem.

Para completar, havia outra novidade. Eu, enfim, usaria um novo fardamento na escola, composto por camiseta branca, com o símbolo do educandário pintado no peito, e mais: calça! Sim, calça de tecido azul escuro, que geralmente era brim. Tudo isso, com os meus sonhados sapatos, combinados com meias brancas. Parecia um conto de fadas ir para a escola…! 

E eu me sentia tão majestosa naqueles trajes, que não gostava do dia da educação física, quando os sapatos-boneca ficavam repousando em um dia merecido de folga. Pena que só cheguei a usá-los por dois anos, pois a escola resolveu adotar o tênis como o calçado oficial, para a tristeza de outras tantas meninas que aguardavam o momento de usar os seus quase sapatinhos de cristal.

Sinto saudade… A magia daquele singelo par de sapatos devolve-me puras e valiosas sensações. Olho para os meus pés, após um cochilo no tempo, e a lembrança revivida em minúsculos detalhes, leva-me a rir à-toa… E a vida recupera, mais uma vez, todo o encanto que eu guardava dentro daquela caixa de sapatos…!

Fonte:

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Clevane Pessoa (Cordel em Quadras:Lavadeirinhas)

Lavadeiras (pintura de Marcos José)
Para amenizar a lida,
as lavadeiras de Minas
lavam cantando demais
o que lhes vai pela vida…

Rezam louvando a Maria,
cantarolam seus amores,
em coro choram suas dores,
sérias, mostram sua alegria,,,

Nas pedras batem os panos,
às vezes soltam risadas
enquanto dão suas braçadas,
as mesmas de tantos anos…

Às vezes, roupas perseguem,
que lhes fugiram das mãos,
os peixes são seus irmãos
por mais que os peixes o neguem…

Velho Chico, um grande rio,
acostumado às cantigas,
vê nelas grandes amigas,
a ninar seu passadio…

Os passarinhos se intrigam:
de que penas são tais vozes,
cantando lentas, velozes,
que sobre as margens se abrigam?

No Jequitinhonha, do Alto
cantam tanto as de Almenara,
que seu coro, qual jóia rara,
está num CD bem lauto…

Cantavam as ribeirinhas, 
em Portugal, no passado,
e ao vir prá cá, com agrado,
trouxeram suas musiquinhas…

Por isso cantam as baianas 
quando lavam na Abaeté,
linda lagoa – e com fé,
rezem sagradas, profanas…

Sobre madeira flutuante
– cada mulher tem seu porto
por questão de mais conforto
a cabocla lava expectante:

vigia se o boto aparece,
peixe em moço transformado,
um sedutor encantado
(senão a barriga cresce)…

As roupas brancas clareadas 
à luz do sol, clareador,
ficam alvas, sim senhor
e depois serão engomadas…

São lindas as lavadeiras,
em belas coreografias
ensaiadas todos dias,
dançam e cantam faceiras

E esse show, sem ser ensaiado
toca qualquer coração,
pois corpos, braços, sabão,
são um todo sincronizado…

Desaparecem os cansaços
nas canções alegrezinhas
que são seus melhores traços
-Que cantem sempre,avezinhas!

Fonte:
Pintura por Marcos José

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Antonio Manoel Abreu Sardenberg (Poesias e Trovas) 2


Vil Metal
Antonio Manoel Abreu Sardenberg
São Fidélis “Cidade Poema”

Nessa vida só descobre
Quem usa a sabedoria
Para entender que o nobre
Nem sempre se avalia
Usando o ouro e o cobre
Para dizer quem é rico
Ou indicar quem é pobre!

A pobreza e a riqueza
não se vêem pelo metal!
Esse juízo é fatal,
é vil, cruel e perverso;
é como julgar poema
simplesmente por um verso!

A riqueza está na alma,
no cerne, no interior,
no âmago de cada um…
por isso digo sem medo
e sem receio nenhum:
(observa e descobre)
tem muito “pobre” que é rico,
tem muito “rico” que é pobre!

O que mais dói 
Patativa do Assaré 
1909 – 2001 

O que mais dói não é sofrer saudade 
Do amor querido que se encontra ausente
Nem a lembrança que o coração sente 
Dos belos sonhos da primeira idade. 
Não é também a dura crueldade 
Do falso amigo, quando engana a gente, 
Nem os martírios de uma dor latente, 
Quando a moléstia o nosso corpo invade. 
O que mais dói e o peito nos oprime, 
E nos revolta mais que o próprio crime, 
Não é perder da posição um grau. 
É ver os votos de um país inteiro, 
Desde o praciano ao camponês roceiro, 
Pra eleger um presidente mau. 

TROVAS

Extraídas do ” O TROVADOR”
Órgão Cultural da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte
Ano XII – nº 52 – página 7 –

“Trove lá que eu Trovo cá”
O Boletim que extraímos essas trovas foram enviadas pelo saudoso amigo e grande trovador Francisco Macedo. Uma forma de lembrar o relevante serviço prestado pelo grande poeta a cultura brasileira.

Sabedoria não cabe, 
nas vaidades mortais, 
o sábio mesmo é quem sabe 
que precisa saber mais. 
Geraldo Amâncio/CE 

Estudante noite e dia, 
como quem cumpre uma lei, 
consegui sabedoria 
pra saber que nada sei 
José Lucas de Barros/RN 

Se conselho resolvesse, 
resultasse em melhoria, 
por mais que se pretendesse 
não se dava…se vendia! 
Flávio Stefani/RS 

Conselhos bons, de verdade, 
por mais que já estejam velhos… 
Recolho com humildade, 
nas folhas dos evangelhos!… 
Francisco N. Macedo/RN 

Com o dom do entendimento, 
o bem do mal eu separo, 
evito causar tormento 
e do irmão me torno amparo. 
Leda Colleti/SP 

Quando na terra cessar 
fome, guerra e sofrimento, 
ninguém mais vai duvidar 
do valor do entendimento. 
Hélio Pedro Souza/RN 

O entendimento se faz 
como amor no coração, 
sem guerras, com muita paz 
e abrançando nosso irmão. 
Clério José Borges/ES 

A inspiração é o momento, 
que num poema imortal, 
faz do verso entendimento 
da linguagem universal. 
Hélio A.S. Souza /RN 

Enquanto a ciência avança, 
fato novo se descobre… 
E o fruto do que se alcança, 
Torna a ciência mais nobre! 
Prof. Garcia/RN 

Só peço a Deus fortaleza 
para levar minha cruz; 
– mais vigor (vindo a fraqueza); 
nas trevas ver sua luz! 
Geraldo Lira/RN 

Mesmo na dor, pus de pé, 
com espernças sem fim, 
a fortaleza de fé 
que existe dentro de mim! 
Ademar Macedo/RN 

De posse do entendimento 
das palavras de Jesus, 
as trevas do pensamento 
viram caminho da Luz. 
Jair Figueiredo/RN 

Me ajuda, Ó Deus! Me conforta… 
Piedade, Senhor, piedade! 
Me afasta, da esposa morta, 
o suplício da saudade! 
Humberto R. Neto 

Piedade é chama divina, 
que acende a cada aflição, 
é fonte que me ilumina 
quando concedo perdão. 
Marcos Medeiros/RN 

O dom da Sabedoria 
do Espírito Santo é graça 
de ver, com santa alegria, 
o Bem até na desgraça. 
Lairton Trovão de Andrade/PR

Jorrando sabedoria 
iluminando o univero, 
a trova com maestria 
é um hino de amor ao verso! 
Joamir Medeiros/RN

Fonte:
A.M.A. Sardenberg

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Paulo Ramos (Revolução do Gibi)

Segundo o jornalista e professor universitário Paulo Ramos, a obra tem mais de 500 páginas e tem como objetivo explicar as raízes do atual momento do mercado brasileiro de quadrinhos.

Revolução do Gibi, definitivamente vale o quanto pesa! Trata-se de uma obra massiva, com mais de 500 páginas, que reúne de forma organizada, as publicações de um dos Blogs de quadrinhos de maior prestígio do Brasil. Da “queda” da editora Abril à ascensão da Panini como “rainha” das bancas de jornal, dos quadrinhos das bancas para às livrarias, das publicações independentes ao domínio dos mangás, virtualmente todos os momentos importantes do mercado das HQs, desde a virada do século, estão nessa edição. E não é só isso, lançamentos, publicações e sagas de destaque como, por exemplo, a “Morte do Capitão América” ou “Guerra Civil” também são comentadas, acompanhadas de comentários que refletem a sua repercussão, junto aos leitores e ao mercado na época de seu lançamento. Indispensável tanto para curiosos, quanto para profissionais da área. A capa é do cartunista e ilustrador prodígio João Montanaro (Cócegas no Raciocínio), de apenas 15 anos.

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