Álvaro Posselt (Tão Breve Quanto o Agora)

Esta semana recebi o livro “Tâo Breve Quanto o Agora”, do poeta paranaense, de Curitiba, Alvaro Posselt, lançado recentemente. 
São poemas em forma de haicais de uma forma humorística. Leves e com muito humor nos leva a devorá-lo de uma bocada só, e ao finaliza-lo, fica a pergunta ao autor: “onde tem mais esta delícia?”

(José Feldman)
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Abaixo uma amostra para deixar o navegante com água na boca:
A vida é o agora
Se alguém chegar atrasado
vai ficar de fora
Aqui tudo pode
Até a cabra
fica de bode
Choveu tanto aqui
que até caiu
outro pingo no i
Noite de espanto
Fui baixar um arquivo
baixou-me um santo
Não cresceu com fermento
Para o pão ficar grande
usei lentes de aumento
Entre arranhões e lambidas
para cuidar de tanto gato
precisarei sete vidas
Essa tá no papo
A mosca pousou
na sopa do sapo
Temporal divino
Para ir a algum lugar
só de submarino
Ninguém me liga
nem desliga
Ando meio stand by
Sentado no banco
o gato finge
que é uma esfinge
Meu violão me intriga
Morre de tanto rir
quando lhe coço a barriga
Meu Deus, que desânimo!
Hoje quem vai trabalhar
é o meu heterônimo
Curitiba não nos poupa
Ontem eu tomei sorvete
Hoje eu tomo sopa
Para adquirir o livro, contate o autor no Facebook.
Fonte:
POSSELT, Alvaro. Tão Breve Quanto o Agora. Curitiba: Blanche, 2012.

1 comentário

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Uma resposta para “Álvaro Posselt (Tão Breve Quanto o Agora)

  1. Obrigado pelo carinho!Um forte abraço.

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